A
diminuição das chuvas e os ventos de maior intensidade favorecem a brincadeira
com pipas. Mas a diversão de crianças e adultos pode ser muito perigosa e, por
isso, a Coelba reforça as orientações sobre os cuidados de empinar pipas perto
da rede elétrica. Além de colocar a vida de pessoas em risco, a brincadeira
prejudica o fornecimento de energia. Entre os meses de janeiro a julho de 2017,
a concessionária contabilizou 532 desligamentos provocados por pipas em todo o
Estado. Em todo o ano passado, foram registradas 1.204 interrupções.
Em
Salvador e Região Metropolitana, a Coelba já registrou esse ano, de janeiro a
julho, 121 desligamentos provocados por pipa. Os bairros de Plataforma, da Paz,
Boca do Rio, Periperi, Lobato e Itapuã são os com maior índice de ocorrências
desse tipo. No mês de março, cerca de 4 mil clientes ficaram sem energia
elétrica nos bairros do Caji e Itinga, em Lauro de Freitas, por cerca de uma
hora, devido a um curto-circuito provocado por uma pipa que ficou enroscada em uma
linha de transmissão.
As
cidades de Tanhaçu, no sudoeste baiano e Ilhéus e Itabuna, na região sul,
aparecem no topo da lista com o maior número de casos no interior. De janeiro a
julho de 2017, Tanhaçu registra 42 casos, Ilhéus possui 36 e Itabuna, 32. O
bairro de Malhado, em Ilhéus, registrou sozinho, 47 ocorrências no ano de 2016.
Em
Itabuna já foram registradas 39 ocorrências de interrupção de energia por causa
de pipa na rede elétrica, nos meses de janeiro a julho de 2017. O maior número
de casos foi no Centro, com 7 registros e mais de 35 mil consumidores afetados.
O
risco de empinar pipas próximo da rede elétrica é acentuado pelo uso do cerol
aplicado à linha, que se torna um condutor por conter raspas de vidro e pó
metálico adicionado à cola. O produto aumenta o risco de choque elétrico. Por
ser condutor de energia, o cerol acaba energizando a linha em contato com a
rede elétrica. As pipas também, ao se enroscarem nos fios elétricos, podem
provocar curto-circuito, ocasionando, inclusive o rompimento de cabos.
Para
que não haja riscos à segurança e ao fornecimento de energia, alguns cuidados
precisam ser adotados. As pipas nunca devem ser empinadas próximas à rede
elétrica. O ideal é que a brincadeira aconteça em locais como praias e campos.
A
Coelba adverte que, em caso de pipas presas em postes ou na fiação, as pessoas
jamais devem tentar retirá-las. Apenas profissionais da Coelba estão
devidamente autorizados e capacitados para se aproximar da rede elétrica.
Algumas
dicas para soltar pipas com segurança:
·
Não soltar pipas/arraias perto da rede elétrica. A linha pode conduzir a
energia e provocar queimaduras.
·
Escolha lugares abertos e espaços livres, como praias, campo de futebol, praças
e parques.
· Se
a pipa enroscar nos fios, não tente retirar.
·
Não use material ou fio metálico para fazer pipas, pois conduzem eletricidade.
· Os
"temperos" das linhas, feitos com vidro moído, também são
extremamente perigosos, pois podem cortar os fios elétricos.
·
Atenção com motos e bicicletas. A linha pode ser perigosa para quem dirige
estes veículos.
Proibição
do uso do cerol em pipas
O
uso de cerol em linhas de pipas está proibido em Salvador. A determinação está
em vigor desde o início do mês de junho, quando a lei foi sancionada pelo
prefeito ACM Neto. Conforme a lei, além do cerol, que consiste em uma mistura
cortante de pó de vidro com cola, utilizado na linha da pipa com o objetivo de
cortar a linha de outra pipa, fica proibido o uso de qualquer tipo de material
cortante nas linhas de pipas. Em caso de descumprimento da lei, a pessoa será
advertida. Se for reincidente, terá de pagar uma multa de R$ 70, cuja verba
será destinada ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
(FMDCA). O pagamento da multa não dispensa o infrator das responsabilidades
civil e penal.
Sheyla
Cristina Santos Silva
Unidade
de Atendimento Regional Itabuna