O 1º de Maio da Força
Sindical, que neste ano completa sua 20ª edição, reuniu cerca de 700 mil
trabalhadores na Praça Campo de Bagatelle, na Zona Norte de São Paulo. Como nos
anos anteriores, o Dia Trabalhador da Central, além dos shows grandiosos com
artistas consagrados e o sorteio de prêmios, está sendo um dia para a reflexão
e em defesa das bandeiras de luta da classe trabalhadora. E não poderia, de
forma alguma, ser diferente, principalmente neste ano em que o governo,
articulado com parlamentares da base governista e com a desculpa esfarrapada de
sanar os cofres públicos e criar empregos, almeja levar adiante suas propostas
obscenas de reformas da Previdência e trabalhista, que ceifam direitos históricos
dos trabalhadores.
Neste Dia do Trabalhador da nossa Central, as
propostas de reformas do governo foram pautas constantes dos discursos de
dirigentes sindicais e autoridades presentes ao evento. E a intensificação da
luta com novos “Dias Nacionais de Paralisações, Atos e Greves”, uma realidade
cada vez mais próxima. Na próxima 4ª feira, dia 3, segundo o presidente da
Força Sindical e deputado federal Paulo, “haverá uma reunião entre as centrais
sindicais para, em conjunto, fecharmos um calendário de mobilizações contra as
propostas indecorosas do governo”.
No Ato Político do 1º de Maio da Força,
dirigentes sindicais das mais variadas categorias, e autoridades deram seus
recados a trabalhadores, governo e parlamentares de que não aceitaremos, em hipótese
alguma, a retirada de direitos duramente conquistados ao longo dos anos. João
Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, leu um documento
assinado pelos presidentes de todas as centrais garantindo que o Dia 28 de
Abril, de Paralisações, Atos e Greves deverão repetir-se, brevemente, em
nova(s) data(s).
O presidente da força
Sindical e deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, destacou a
importância de nos mantermos unidos e mobilizados em defesa dos direitos dos
trabalhadores e contra as propostas das reformas previdenciária e trabalhista
apresentadas pelo governo. “As propostas, se aprovadas como estão, trarão
prejuízos incalculáveis aos trabalhadores de hoje e do amanhã. E não podemos
permitir que isto aconteça. Por isto nossa luta tem de ser intensificada, e
cada dia com mais gente pressionando e cobrando atitudes do governo e dos
parlamentares que compactuaram com as pretensões desse governo. Na próxima 4ª
feira as centrais devem estar reunidas para decidir uma agenda de lutas e paralisações
em nível nacional. Em seguida, os três deputados presentes ao 1ª de Maio da
Força Sindical deram seus depoimentos: Orlando Silva (PCdoB): “Conclamo a
população a jogar um retumbante NÃO, como foi no dia 28, nos ouvidos daqueles
que querem suprimir direitos dos trabalhadores”; Roberto Lucena (PV): “O Brasil está vivendo
uma encruzilhada. Cabe a nós colocá-lo no rumo certo”; Major Olímpio
(Solidariedade): “Esta luta não é dó dos sindicatos, do Paulinho e de uns
outros poucos. A luta é de todo o povo brasileiro”.
Durante o ato, o público que
passou pelo evento pode tirar dúvidas sobre a reforma da Previdência que o
governo pretende fazer em uma tenda montada ao lado do palco.
Ascom Força Sindical