Em busca de apoio para
aprovar seu parecer sobre a reforma da Previdência, o relator da proposta na
Câmara, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), realizará uma última rodada de
negociações para discutir mudanças e ajustes em seu relatório. O encontro está
previsto para acontecer na liderança do governo na Casa, na manhã desta
quarta-feira, 3, antes de o relatório ser votado na comissão especial. O
principal impasse a ser resolvido é em relação aos servidores públicos, uma das
categorias que tem maior poder de influência sobre deputados da base aliada e
da oposição. Funcionários públicos pressionam o relator pela exclusão da
exigência de idade mínima de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres se
aposentarem com direito ao benefício integral e com direito à paridade, sem uma
regra de transição.
Nesta terça-feira, 2,
policiais legislativos conseguiram ser incluídos pelo relator no rol das
aposentadorias especiais. Oliveira Maia deu à categoria, que tem salário
inicial de R$ 17 mil, a mesma regra de aposentadoria de policiais civis e
federais, que é a mais benéfica de toda a reforma: idade mínima prevista de 55
anos, sem regra de transição. A categoria alegava que possui aposentadoria
especial hoje, mas a reforma estava retirando esse direito. O presidente da
comissão especial, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), já tinha adiantado que o
relator apresentaria um novo texto nesta quarta-feira, antes do início da
votação. “A base do texto é a mesma. Pode ser que, nesse meio tempo, se
evidencie que alguma situação passou desapercebida pelo próprio relator e,
amanhã, ele pode, ele tem essa prerrogativa de ver alguma situação ajustada no
texto”, disse.
Estadão Conteúdo
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