Consideramos que o pacote
econômico anunciado pelo governo federal ontem, dia 15, é meritório, porém as
medidas são, em grande parte, de lenta maturação e insuficientes para, no curto
prazo, tirar o País do atoleiro da recessão e do desemprego que penalizam as
empresas e as vidas de milhões de trabalhadores.
Construído
nos marcos da política de ajuste fiscal que embala o programa econômico do
governo, o pacote desconsidera a premente necessidade de direcionar ao setor
produtivo nacional uma nova política de juros, de câmbio e de crédito, capaz de
retomar, no curto prazo, a atividade econômica, a geração de renda e de
empregos, e, assim, impactar positivamente a arrecadação e as receitas
tributárias, passo fundamental para amainar a crise fiscal que se abate sobre a
União, os estados e os municípios.
O Brasil tem pressa, e os
trabalhadores exigem prontas e eficientes medidas para a retomada da economia e
o combate à chaga do desemprego. Eram medidas deste tipo que esperávamos ser
anunciadas, de forma a dar ao País, e aos trabalhadores, esperanças de um ano
de 2017 melhor às vésperas das festividades do Natal e do Ano Novo.
Paulo Pereira da Silva
(Paulinho da Força)
Presidente da Força Sindical
