O presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que pretende concluir na noite de quarta
(11) a votação sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Segundo Renan, seu plano é
começar a sessão às 9h de quarta e seguir o seguinte cronograma: suspensão às
12h, retorno às 13h, interrupção novamente, desta vez às 18h, e então a votação
às 19h, de maneira eletrônica. "O objetivo é concluir a sessão ainda na
quarta-feira", disse o presidente do Senado.
De acordo com o senador, a
expectativa é que 60 senadores se inscrevam para se pronunciar na sessão. Cada
um terá de dez a 15 minutos -tempo exato será definido em reunião com os
líderes dos partidos na tarde desta terça.
Se depender do Renan, os
líderes não vão orientar suas bancadas. "Não vai haver encaminhamento de
líderes, porque durante esse processo eu achei que não era pertinente o líder
orientar a bancada", disse.
Líderes partidários, porém,
acham provável que a sessão dure mais de dez horas, por causa da possível
manifestação da defesa de Dilma, do relator e das chamadas questões de ordens,
que são questionamentos regimentais feitos pelos senadores.
Exige-se os votos da maioria
simples dos presentes para que Dilma seja afastada por até 180 dias e julgada
por crime de responsabilidade.Até agora, 51 senadores já se manifestaram neste
sentido, segundo levantamento da Folha de S.Paulo. Confirmado o resultado, o
vice Michel Temer assume a presidência temporariamente.
A presidente Dilma é acusada
de editar, em 2015, decretos de créditos suplementares sem aval do Congresso e
de usar dinheiro de bancos federais em programas do Tesouro, as chamadas
"pedaladas fiscais". Sua defesa considera que não há elementos para o
afastamento do cargo.
Com informações da
Folhapress.