Apesar de ligeira queda em comparação ao ano
anterior, entidades veem crescimento da violência contra profissionais da mídia
e cobram medidas de segurança. Só no Brasil, cinco jornalistas foram
assassinados. Em 2013, 108 jornalistas e
outros profissionais da mídia foram assassinados em todo o planeta, segundo
levantamento da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ). Outros 15
profissionais morreram em acidente de trabalho. A taxa de homicídios da categoria
é ligeiramente inferior à registrada em 2012, quando 121 profissionais foram
mortos em função do trabalho, de acordo com a entidade.
Cenário de um dos conflitos mais sangrentos da
atualidade, a Síria lidera o ranking mundial de jornalistas mortos – 15 foram
assassinados no país. Iraque, com 13 mortes, Paquistão, Filipinas e Índia, com
dez cada, Somália, com sete, e Egito, com seis, completam o ranking dos países
mais perigosos para jornalistas na atualidade.
No ano passado, cinco profissionais brasileiros
foram mortos, segundo levantamentos da Associação Brasileira de Emissoras de
Rádio e TV (Abert) e da ONG Repórteres sem Fronteiras. Pelo balanço da ONG, o
aumento da violência nas Filipinas fez o Brasil deixar a lista dos cinco países
mais violentos para jornalistas, que integrava em 2012. De acordo com a
Repórteres sem Fronteiras, 71 pessoas com atuação na imprensa foram
assassinadas em 2013. Outros 39 “jornalistas cidadãos” e fontes também foram
mortos em razão de informações que divulgaram ou repassaram.
Apesar de ter apontado uma queda em relação ao ano
anterior, quando foi registrado o recorde de 88 homicídios, a ONG vê com
preocupação o crescimento da violência contra homens e mulheres que trabalham
em veículos de comunicação. Em 2011, foram 67 mortes e, em 2010, 58.
Segundo o levantamento da ONG, a Síria, a Somália e
o Paquistão são os países mais perigosos para jornalistas. Zonas de intenso
conflito armado, os três países respondem juntos por 39% das mortes ocorridas
ano passado. “Essas violações da liberdade de informação afetam todos os tipos
de informantes, em sentido amplo, incluindo jornalistas profissionais,
jornalistas cidadãos e internautas”, diz a Repórteres sem Fronteiras em seu
relatório sobre liberdade de expressão, divulgado no dia 18 de dezembro.
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