A
inflação no próximo ano vai superar a de 2013, de acordo com projeções de
instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC). A estimativa para
o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano é 5,73%,
após duas altas consecutivas na expectativa. Para 2014, a projeção é 5,98%, na
terceira alta seguida. No ano passado, a inflação ficou em 5,84%.
Essas projeções, atualizadas todas as semanas,
estão acima do centro da meta de inflação, de 4,5%, e abaixo do limite superior
de 6,5%. É função do BC fazer com que a inflação convirja para o centro da
meta.
Entretanto, no dia 20, ao divulgar o Relatório
de Inflação, o diretor de Política Econômica
do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, disse que o cenário mais
provável da instituição não aponta a inflação no
centro da meta em 2013 e nos próximos anos. “O cenário mais provável não aponta
essa convergência, o que não implica que não seja possível. São coisas
distintas. A convergência pode se tornar mais provável mais adiante, na medida
em que a economia começar a responder às ações que foram tomadas”, acrescentou.
No relatório de inflação, o BC prevê que o IPCA vai ficar em 5,8%, este ano.
Para 2014, a estimativa para a inflação é 5,6% e, para 2015, 5,4%.
Um dos instrumentos usados pelo BC para
influenciar a atividade econômica e, por conseqüência, a inflação, é a taxa
básica de juros, a Selic. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a
demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos
encarecem o crédito e estimulam a poupança.
O diretor lembrou que, neste ano, a Selic foi
ajustada em 2,75 pontos percentuais e os efeitos desses aumentos levam tempo
para aparecer. Atualmente, a Selic está 10% ao ano. Para as instituições
financeiras, ao final de 2014, a Selic estará em 10,5% ao ano.
A estimativa para o crescimento da economia
(Produto Interno Bruto – PIB) foi mantida em 2,30%, este ano, com expectativa
de expansão menor em 2014 (2%).
A expectativa para a cotação do dólar foi
mantida em R$ 2,34, este ano, e em R$ 2,45, no fim de 2014.
Agencia
Brasil