O presidente nacional do PSB e governador de
Pernambuco, Eduardo Campos, oficializou nesta quarta-feira, 18, a saída do
partido do governo Dilma Rousseff. Campos, que poderá lançar sua candidatura à
Presidência da República em 2014, disse que agora o governo petista pode se
sentir mais confortável sem o PSB ocupando cargos no Executivo.
"A gente deixa o governo mais à vontade e a gente fica mais à
vontade", resumiu. Apenas o governador Cid Gomes (Ceará) se opôs à carta
de entrega dos cargos.
Campos afirmou que pretende oficializar a decisão do PSB ainda
nesta quarta-feira à presidente Dilma Rousseff e que aguardará um telefonema do
gabinete presidencial confirmando o encontro. "O futuro do País não passa
por cargos", defendeu.
O governador destacou que a sigla desembarca do governo com
"respeito à presidente", mas que continuará atuando no mesmo campo
político. "Não vamos desconsiderar o nosso campo político", reiterou.
Segundo Campos, a partir de agora ficará "mais fácil falar (publicamente)
das divergências". Em seu discurso, Campos disse que o PSB fica livre para
discutir a sucessão presidencial do ano que vem.
Apesar das informações de bastidores, Campos negou que a pressão
do PT tenha acelerado o processo do PSB ou provocado constrangimentos. Durante
a entrevista coletiva, o governador lembrou que o partido chegou a cogitar a
saída do governo em junho, período das manifestações, mas que concluiu que
naquele momento não poderia deixar o governo.
O presidenciável disse que os cargos do PT nos Estados governados
pelo PSB não estiveram em discussão na reunião desta manhã. Ele reafirmou que o
partido só discutirá sua possível candidatura em 2014.
Fonte: Poder & Política