O
presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse hoje (11) que não
existem mais filas para recebimento do auxílio emergencial, criado para
reduzir o impacto financeiro do fechamento de estabelecimentos e perda de arrecadação
de empregadores e empregados por causa do avanço do novo coronavírus.
Segundo Guimarães, desde a
quarta-feira passada, as filas estão zeradas. “Realmente, na segunda e
terça-feira, há duas semanas, houve um pouco de atraso em questão da tecnologia
e foi onde tivemos filas, o que já não acontece há alguns dias. Desde
quarta-feira a redução foi enorme. Nos últimos quatro, cinco dias, não tivemos
[filas] nas 4,2 mil agências.”
Convidado pela comissão
mista do Congresso Nacional que acompanha as ações de combate ao novo
coronavírus, Guimarães respondeu, em videoconferência, a perguntas de vários
parlamentares. Ele reconheceu que, nas primeiras semanas da disponibilização do
benefício, houve atraso no pagamento, mas ressaltou que grande número de pessoas
ia às agências mesmo sem saber se tinha direito ao auxílio.
Segundo o presidente da
Caixa, 60% das filas eram formadas por pessoas com muitas dúvidas para tirar e
que não tinham certeza de ter direito de receber o auxílio. Além disso, a maior
parte dos que vão às agências são pessoas muito carentes que, além de precisar
do dinheiro, têm dificuldades em operar um celular ou um caixa eletrônico.
Contudo, Guimarães disse acreditar que as grandes filas vistas no início do
pagamento da primeira parcela não serão mais vistas, embora considere
impossível prever o fim de qualquer fila. “Nós temos menos filas, e quando
tivermos a segunda parcela serão mais ordenadas.”
Os
senadores Esperidião Amin (PP-SC) e Zenaide Maia (Pros-RN) lembraram Guimarães
da possibilidade de incluir mais pessoas entre as habilitadas ao benefício por
meio do Projeto de Lei (PL) 873, já aprovado
no Congresso Nacional. O PL depende apenas de sanção do presidente da
República. Demonstrando tranquilidade em relação ao possível aumento no fluxo
de beneficiários. Pedro Guimarães informou que o pagamento será ordenado
por dia de nascimento.
“[Sobre]
essas novas categorias, o mais difícil já foi feito, será uma diferença menor.
O aplicativo já está eficiente, e a parte operacional está bem treinada. Vai
ser de acordo com o mês de nascimento. É uma coisa mais fácil de organizar.
Faremos em dias escalonados para não ter todo mundo na agência ao mesmo tempo,
que foi o que aconteceu há duas semanas”, afirmou Guimarães.
Em
recado aos beneficiários, o presidente da Caixa disse que aqueles que forem
considerados habilitados para receber o auxílio após o a realização do
pagamento da primeira parcela, receberão o valor acumulado.
Edição:
Nádia Franco/Agencia Brasil
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