O
Ministério da Saúde divulgou hoje as novas diretrizes para orientar a definição
de medidas de distanciamento social. As propostas, batizadas em torno do que
foi chamado de “plano de gestão de risco”, servem como um guia de análise da
situação de cada estado ou cidade para definir as medidas de distanciamento
social e estratégias complementares.
Serão avaliados quatro
eixos: a capacidade instalada de tratamento, o nível epidemiológico, a
velocidade de crescimento e as condições de mobilidade urbana. Na capacidade
instalada, estarão aspectos como quantidade e taxa de ocupação de leitos. Os
detalhes sobre os eixos não foram divulgados. O ministro da Saúde, Nelson
Teich, afirmou que os critérios serão apresentados de forma completa na
quarta-feira, quando a versão final deverá ser anunciada.
Cada
grupo possui indicadores que geram uma pontuação, que começa de 0 e pode chegar
a 20 pontos no caso de um dos eixos. Com isso, são avaliados os níveis de
risco, de muito baixos a muito altos. A partir dessa classificação de riscos
são indicados tipos de distanciamento social: seletivo I e II, ampliado I e II
e restrição máxima.
Além da avaliação
quantitativa, o plano traz mecanismos para realizar também uma outra de caráter
qualitativa. Ela serve para que os eixos sejam considerados mesmo quando as
informações disponíveis não permitam uma verificação exata da análise
quantitativa.
“Não é
uma política de isolamento nem de flexibilização. É análise de cada local e a
partir delas definimos as ações que consideramos ideais. Isso é diretriz. As
decisões cabem aos estados e municípios. O que o MS faz é disponibilizar uma
linha de avaliação adequada. Vai estar sempre disponível pra discutir com
qualquer secretário estadual ou municipal para ajudar na interpretação da
ferramenta e vamos trabalhar junto”, declarou o ministro Nelson Teich.
De acordo
com o ministro, esse tipo de ferramenta já está sendo adotada em outros
lugares. Ele citou como exemplo o Rio Grande do Sul.
Estados e
municípios:
Em
entrevista no Palácio do Planalto, o ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou
que o trabalho foi feito em parceria com os secretários estaduais e municipais
de saúde. Segundo ele, as autoridades locais cobraram em reunião na semana
passada essas orientações. Uma nova versão, definitiva, será apresentada na
quarta-feira após uma nova rodada de conversas com estados e município.
O titular da pasta ressaltou
que nas reuniões entre o governo e secretários teria havido uma pacificação
sobre a proposta. Ele se disse surpreso de questionamentos de secretários
estaduais manifestados em reportagens na imprensa publicada hoje.
Fonte: Agencia Brasil
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