Os
líderes do G20 reuniram-se hoje (26), por videoconferência, para discutir as
ações para atenuar os impactos sociais e econômicos da pandemia de covid-19. De
acordo com comunicado conjunto, os países estão injetando mais de US$ 5
trilhões na economia global, em políticas fiscais direcionadas, medidas
econômicas e esquemas de garantia.
A reunião foi organizada
pela Arábia Saudita, que está na presidência rotativa do grupo dos 20 países
mais ricos do mundo. O presidente Jair Bolsonaro participou da videoconferência.
O grupo informou que vai
continuar realizando um apoio fiscal ousado e em larga escala. “Estamos
adotando medidas imediatas e vigorosas para apoiar nossas economias; proteger
trabalhadores, empresas - especialmente micro, pequenas e médias empresas - e
os setores mais afetados; e amparar os vulneráveis por meio de uma proteção
social adequada”, diz o comunicado.
Entre outras ações, os
países do G20 vão acompanhar os riscos de dívida em países de baixa renda
devido à pandemia e pedir que seus ministros de Finanças e os bancos centrais
trabalhem com as organizações internacionais para fornecer a assistência
financeira internacional apropriada. “Apoiamos as medidas extraordinárias
adotadas pelos bancos centrais. Os bancos centrais agiram para apoiar o fluxo
de crédito para as famílias e empresas, promover a estabilidade financeira e
aumentar a liquidez nos mercados globais”, diz o comunicado.
Os líderes do G20 lamentaram
as mortes ocorridas, expressaram sua gratidão aos profissionais de saúde e
comprometeram-se coletivamente no esforço de proteger vidas, os empregos e a
renda das pessoas; restaurar a confiança, preservar a estabilidade do mercado e
retomar o crescimento; minimizar as interrupções no comércio e nas cadeias de
suprimentos globais; prestar ajuda a todos os países que precisam de
assistência, e coordenar medidas financeiras e de saúde pública.
“A pandemia sem precedentes de covid-19 é um lembrete
poderoso de interconectividade e vulnerabilidades dos países. O combate à
pandemia exige uma abordagem transparente, robusta, coordenada, em larga escala
e baseada na ciência e no espírito global de solidariedade”, diz o comunicado.
Os
países do G20 se comprometeram também a adotar todas as medidas de saúde
necessárias, trocar informações e garantir o financiamento de combate à
pandemia e proteção às pessoas. “Expandiremos a capacidade de fabricação para
atender às crescentes necessidades de suprimentos médicos e garantir que eles
estejam amplamente disponíveis o mais rápido possível, a um preço acessível, de
forma equitativa, onde são mais necessários”, diz o documento divulgado após a
reunião.
Para
o grupo, ações urgentes de curto prazo devem ser tomadas para proteger os
trabalhadores da saúde na linha de frente de combate e para entregar suprimentos
médicos, especialmente de diagnóstico, tratamentos e vacinas. O G20 também quer
fortalecer a capacitação e assistência técnica, especialmente para as
comunidades em risco.
“Estamos
preocupados com os sérios riscos colocados a todos os países, particularmente
para países em desenvolvimento e menos desenvolvidos, principalmente na África
e nos pequenos estados insulares, onde os sistemas e economias de saúde possam
ser menos capazes de lidar com o desafio, bem como o risco particular
enfrentado por refugiados e pessoas deslocadas”, diz o comunicado do G20, que
considera que consolidar a defesa da saúde da África é a chave para a
resiliência da saúde global.
E,
para resguardar o futuro, os líderes ainda se comprometeram a fortalecer a
capacidade, nacional e mundial, de responder a potenciais surtos de doenças
infecciosas, com o fortalecimento da cooperação científica, a alavancagem de
tecnologias e o aumento do financiamento para pesquisa e desenvolvimento de
vacinas e medicamentos
Edição:
Nádia Franco/Agencia Brasil
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