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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Bahia - Com sete votos contra, Assembleia aprova requerimento de prioridade da PEC da Previdência



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A Assembleia Legislativa da Bahia conseguiu finalmente aprovar, na tarde desta segunda-feira (20), o requerimento de prioridade para apreciação da Proposta de Emenda à Constituição que altera o regime de Previdência do funcionalismo público estadual. O novo texto, agora sob o número n° 159/2020, foi encaminhado pelo governador Rui Costa (PT) no último dia 14 e publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia seguinte.
Previsto para ser apreciado desde a semana passada, o requerimento foi aprovado com sete votos contrários em sessão rápida, finalizada pouco mais de 1h10 de iniciada. Além do líder da Oposição, Targino Machado (DEM), também votaram contra os deputados Capitão Alden (PSL), Kátia Oliveira (MDB), Talita Oliveira (PSL), José de Arimateia (Republicanos), Pastor Tom (PSL) e o independente Hilton Coelho (Psol).
Targino e Hilton tentaram postergar a votação, mas não conseguiram. Hilton chegou a solicitar a discussão antes da apreciação, mas foi informado pelo presidente da Casa, Nelson Leal (PP), que o dispositivo não caberia neste caso, por ser um requerimento. Já Targino pediu a verificação de quórum para votação, mas o número mínimo de deputados presentes acabou sendo restabelecido.
Com a aprovação do requerimento, os parlamentares terão 5 dias para apresentação de emendas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). São necessárias 21 assinaturas para sugerir mudanças. Após esse prazo, o colegiado discute e vota o parecer do relator. Aprovado o parecer, a proposta segue para votação em plenário, em dois turnos, que deve acontecer no fim deste mês.
Entre as principais mudanças na PEC estão a redução da idade mínima para se aposentar (de 65 passa para 64 anos no caso dos homens e de 62 para 61 anos para mulheres. Para os professores, a idade será reduzida em mais 5 anos, portanto, 56 para mulheres e 59 homens); e do pedágio para atingir o tempo mínimo de contribuição, que cai de 100% para 60% (no caso de professores, policiais civis e agentes penitenciários será 50%). Além disso, no período de transição, a idade – antes estabelecida em 55 anos se mulher e 60 homem – passa a ser 54 mulher e 59 homem. Também ficou estabelecida a taxação de inativos a partir de três salários mínimos e o aumento da alíquota de contribuição para aqueles que ganham mais de R$ 15 mil e não mais acima de R$ 10 mil, mesmo assim será proporcional ao valor excedente do teto.
Outras matérias:
A bancada de Governo também tentou, em vão, um acordo para apreciar, ainda nesta segunda, o projeto de Lei n° 23.726/2020 que altera a Lei 10.963/2008, readequando os valores do piso nacional do magistério público da educação básica, instituído pela Lei 11.378/2008. Com a medida, 12,1 mil educadores, entre professores e coordenadores pedagógicos da rede estadual, além dos já aposentados, receberão reajuste salarial e terão vencimentos acima do piso nacional (R$ 2.886,15). No entanto, a matéria deve ser apreciada em plenário nesta terça (21), com apoio da bancada de Oposição, que formalizará dispensa de formalidades.

Em plenário, o líder governista, Rosemberg Pinto (PT), também tentou incluir no bojo da votação outro projeto que mudaria a alíquota de 14% para 15% de contribuição (mas de forma proporcional à diferença) para servidores que ganham acima de R$ 15 mil, mas também não foi atendido. Além disso, mesmo após apelo de Rosemberg, Targino declarou que, após conversas, já está acertada que a bancada não concorda com a votação do projeto de Lei Complementar que regula os adicionais de sucumbência dos procuradores de Justiça neste período de convocação extraordinária.
Política Livre


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