Em uma
investida contra o grupo bolsonarista, a cúpula do PSL decidiu aumentar o
número de integrantes do partido com direito a voto nas decisões da sigla e
suspender cinco deputados federais das atividades partidárias, reduzindo as
chances do deputado Eduardo Bolsonaro (SP) se tornar líder da legenda na Câmara.
As
decisões foram anunciadas pelos líderes do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO),
e no Senado, Major Olimpio (SP), após reunião da direção nacional da legenda em
um centro empresarial de Brasília.
O partido aumentou de 101 para 153 o número de filiados
com direito a voto em reuniões nacionais - os chamados convencionais.
Dos novos convencionais, 34 têm mandato parlamentar. A
maioria do grupo é alinhada com o presidente nacional da legenda, Luciano
Bivar.
A mudança amplia o poder de Bivar, que trava uma disputa
interna com o presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre os rumos da sigla.
Cinco deputados aliados a Jair Bolsonaro serão suspensos
da atividade partidária: Carla Zambelli (SP), Filipe Barros (PR), Bibo Nunes
(RS), Alê Silva (MG) e Carlos Jordy (RJ).
De acordo com Coronel Tadeu (SP), com a suspensão, a
assinatura desses parlamentares em listas para indicar um líder na Câmara não
será válida. O movimento visa a enfraquecer as chances de Eduardo Bolsonaro ser
colocado na função. "Esse é o efeito imediato. Se eles tentarem montar uma
lista, perderam cinco votos", afirmou Tadeu.
A
deputada Joice Hasselmann (SP) chegou a defender que o partido comece a
discutir a expulsão de deputados que estão atacando a cúpula da legenda.
"A porta da rua é serventia da casa", afirmou. "Alguns têm que
ser expulsos."
Ela defendeu que um dos alvos seja o deputado Daniel
Silveira (RJ), que gravou o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO),
afirmando que iria "implodir" Bolsonaro.
Bastidores do Poder
Nenhum comentário:
Postar um comentário