O advogado
Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
afirmou que vai pedir à Justiça que indefira o pedido da força-tarefa da
Operação Lava Jato pela progressão de pena do petista para o regime semiaberto.
A declaração foi feita nesta sexta-feira, 18, na porta da Polícia Federal em Curitiba.
"O
ex-presidente reafirmou que não aceita o pedido do MPF de progressão de pena
porque ele vai buscar a sua liberdade plena, sua inocência e o reconhecimento
de que não praticou qualquer crime", disse o advogado.
Procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato em
Curitiba pediram no dia 27 de setembro à juíza da Vara de Execuções Penais do
Paraná, Carolina Lebbos, para que Lula migre ao semiaberto.
A petição é assinada por 15 procuradores, incluindo o
coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol. Lula está preso em regime
fechado desde o dia 7 de abril do ano passado. Ele cumpre pena de 8 anos e 10
meses no caso triplex do Guarujá (SP), imposta pelo Superior Tribunal de
Justiça (STJ).
A progressão da pena de Lula está condicionada ao
pagamento de valores cobrados na condenação, que sua defesa questiona em juízo
desde agosto. Cálculo judicial aponta que o ex-presidente tem de pagar R$ 4,1
milhões de multa e reparação de danos.
No regime semiaberto, a pena de prisão passa a ser
atrelada a um trabalho e é cumprida em colônias agrícolas ou industriais. Na
prática, pela ausência de instituições deste tipo ou equivalentes, Lula pode
passar a cumprir a pena em domicílio se a juíza conceder a progressão, no
chamado regime semiaberto "harmonizado" com tornozeleira eletrônica -
a exemplo do que ocorreu com ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
Correio
Brasiliense
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