A
divergência entre o governador Rui Costa (PT) e o senador Jaques Wagner (PT)
sobre a reforma da Previdência ficou ainda mais evidente na noite desta
quarta-feira (23), com a entrevista do chefe do Executivo estadual à Globo
News, em que afirmou ver “positividade” no projeto aprovado em segundo turno
pelo Senado nesta semana.”Tanto é que não me posicionei contra”, disse Rui,
acrescentando que é a favor de aumentar a idade-mínima. “Acho 50 anos uma idade
nova para alguém se aposentar. Eu tenho 56 anos, eu acho cedo”, declarou.
Por
sua vez, Wagner, que votou contra a matéria, usou as redes sociais nesta manhã
para reiterar suas críticas à reforma, que, na sua avaliação, pode fazer com
que o Brasil trilhe caminho semelhante ao do Chile. “Essa onda de protestos que
vemos acontecer no Chile é o resultado de uma agenda neoliberal muito parecida
com a que querem implementar no Brasil. Com ações que destruíram um sistema
previdenciário pautado na solidariedade, o Chile aumentou a concentração de
renda e colocou milhões na pobreza”, postou o senador.
“Hoje,
nossos irmãos chilenos colhem os frutos destas más escolhas, vivendo um estado
de convulsão social que beira o incontrolável. A meu ver, a aprovação da
reforma da Previdência coloca nosso país no caminho errado, pois aprofunda as
desigualdades e retira a renda dos mais pobres para resolver um problema de
ordem fiscal. O governo decidiu colocar a classe trabalhadora para pagar uma
conta cuja responsabilidade não é dela”, completou.
Na
entrevista à Globo News, Rui também comentou a possibilidade de disputar a
presidência da República em 2022, e disse que quer ajudar o país a se
reencontrar. “Eu posso não ser candidato a nada, mas quero ajudar o Brasil a se
reencontrar”, disse Rui. Em outro momento da conversa com os jornalistas da
Globo News, ele afirmou que “os políticos precisam controlar sua vaidade para
ficar um degrau abaixo do projeto de nação, do projeto do país. Precisamos nos
unir nas eleições municipais para reconstruir o Brasil, deixando de lado o ódio
e a raiva”.
Política
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