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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Adriana Esteves teve medo de fazer Carminha de 'Avenida Brasil'



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De um lado, Carminha (Adriana Esteves), uma vilã capaz de abandonar a enteada órfã em um lixão, mas que ao mesmo tempo é muito inteligente, cara de pau, corajosa e divertida. Na outra ponta, Nina (Débora Falabella), uma mocinha fora dos padrões, que, apesar de muito humana e justa, não mede esforços para executar o seu plano de vingança contra a madrasta. 
No meio desse embate, o Divino, bairro fictício que apresenta toda a alegria do subúrbio do Rio de Janeiro em personagens populares e cativantes, como Tufão (Murilo Benício), Jorginho (Cauã Reymond), Leleco (Marcos Caruso), Muricy (Eliane Giardini), Tessália (Débora Nascimento), Adauto (Juliano Cazarré), entre outros.
Para completar, ritmo ágil, fotografia de cinema e bordões que caíram na boca do povo, como "Me serve, vadia" e "tudo é culpa da Rita". Pronto. Todos esses ingredientes juntos e misturados ajudam a explicar o sucesso de "Avenida Brasil", trama de João Emanuel Carneiro de 2012, que volta ao ar no Vale a Pena Ver de Novo da Globo, a partir desta segunda-feira (7). 
E pensar que Carminha quase não foi interpretada por Adriana Esteves, que se consagrou no papel e ganhou naquele ano o prêmio de melhor atriz da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). Em entrevista à série "As Vilãs que Amamos", do canal Viva, ela contou que, inicialmente, o autor a chamou para outro personagem. Só depois ele com a direção da Globo decidiram que ela faria a inesquecível vilã. 
Desde que recebeu as primeiras informações e sinopses sobre "Avenida Brasil", Esteves afirma que percebeu de início que a trama seria um sucesso. "Isso deu para ver de cara. Sabe quando você quer entrar em um projeto, porque você gosta, acredita nele e gosta das pessoas que estão envolvidas."
Ao programa do Viva, a atriz também disse que não quis pensar em Carminha como uma vilã porque ficou com um certo receio do estereótipo que o termo poderia carregar. "Eu tirei isso da cabeça [a palavra vilã] e falei: 'Não vou pensar nisso. Vou criar uma mulher com os seus objetivos e suas dores."
Para a atriz, apesar das maldades, a megera conquistou o público por ser corajosa e divertida. "Ela enxergava a vida com inteligência e humor", disse em entrevista de divulgação da Globo sobre a reprise. Na visão da atriz, a maior maldade de Carminha era maltratar e debochar da própria filha, Ágata (Ana Karolina).
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