Em um momento no qual o investimento na
ciência está cada dia mais escasso, cientistas buscam novas formas para
continuar trabalhando no país. É neste cenário que o pesquisador da
Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Helinando Pequeno,
junto ao seu grupo de pesquisa, em parceria com a Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE), está desenvolvendo um novo tipo de laser flexível que conta
com baixo valor de produção e poderá servir à toda área de engenharia,
medicina, entre outros.
O laser, que pode ser utilizado para
esterilizar equipamentos, e possui diversas outras funções, foi baseado em
estudos de nanotecnologia, através de uma técnica conhecida como eletrofiação.
O cientista explica que a ideia vem para oferecer um material que seja mais
eficiente, mais versátil e mais econômico. “A vantagem principal está no custo
da produção, pois a matéria-prima utilizada é mais barata em comparação a que é
aplicada por outros laboratórios e ainda permite produzir uma quantidade alta
do material”, afirmou Helinando.
Em uma linguagem mais técnica, o
profissional explica que buscou melhorar o limiar da emissão de laser através
de nanoprismas de prata nas fibras. Segundo ele, isso representa um bônus numa
estrutura opticamente ativa. “Em trabalhos anteriores, já havíamos produzido
dispositivos para armazenamento de energia, à base de materiais flexíveis e de
baixo custo, como o algodão e a celulose, até que decidimos nos unir ao grupo
de óptica não linear e fotônica da UFPE e passamos a produzir novos sistemas
com emissão laser”.
A expectativa é que no futuro a
comunidade científica possa contar com um laser ecologicamente viável que
retorne para a natureza sem agredir o meio ambiente. De acordo com o
pesquisador, o grupo já está aprimorando o sistema para atingir este patamar. O
projeto, que também já deu origem a alguns protótipos de laser em casca de ovo,
ganhou notoriedade por meio de publicação recente na Scientific Reports,
periódico de acesso aberto da Nature, revista científica britânica reconhecida
mundialmente dentro do setor.
A Secretaria Estadual de Ciência,
Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia
(Fapesb) estrearam, no dia 8 de julho, o Bahia Faz Ciência, uma
série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem
trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a
melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação,
segurança, dentre outros. As matérias serão divulgadas semanalmente,
sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estarão disponíveis no site e
redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar
pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.
Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Inovação
Assessoria de Comunicação
Assessoria de Comunicação
Coordenador Erick Issa
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