O presidente Jair Bolsonaro afirmou ao jornal Folha de
S.Paulo que o governador paulista, João Doria (PSDB), não tem chance nas
eleições presidenciais de 2022 porque é uma "ejaculação precoce".
Na
avaliação de Bolsonaro, Doria deveria pensar "talvez" somente nas
eleições de 2026. "Ele não tem apoio popular", disse na terça (3), em
um café da manhã com jornalistas da Folha de S.Paulo no Palácio do Alvorada.
Bolsonaro afirmou ainda que está disposto a concorrer à
reeleição. "Pretendo sim, se estiver bem lá", disse. No sábado (31),
em uma conversa com jornalistas, o presidente afirmou que Doria está
"morto" para 2022. Dois dias antes, acusou o tucano de ter
"mamado nas tetas do BNDES" no governo do PT, em referência à compra
de jatinho a juros subsidiados do banco.
Doria rebateu afirmando que nunca precisou mamar em
"teta nenhuma".No café da manhã, o presidente reclamou da cobertura
da imprensa e criticou as reportagens sobre a avó da primeira-dama, Michelle. A
Folha de S.Paulo publicou que Maria Aparecida Firmo Ferreira, 78, passou mais
de dois dias aguardando atendimento deitada em uma maca no corredor de um
hospital na periferia do Distrito Federal.
Ela foi transferida e submetida a uma cirurgia de
urgência após o governo do Distrito Federal ser procurado pela reportagem.
Outros veículos publicaram que ela foi presa por tráfico de drogas e que dois
tios maternos enfrentam problemas com a polícia.
Bolsonaro
sugeriu que os jornais criem uma página fixa de notícias positivas sobre o
Brasil. Participaram da conversa, além dele, o ministro da Secretaria de
Governo, Luiz Eduardo Ramos, o chefe da Secom (Secretaria de Comunicação) da
Presidência, Fábio Wajngarten, e o deputado Marco Feliciano (Podemos-SP).
Bolsonaro brincou com a Folha de S.Paulo dizendo que
colocaria estricnina no café dos representantes do jornal. Em rápida entrevista
aos jornalistas na porta do Alvorada, Bolsonaro comentou o encontro: "Quem
foi que pediu para mim um café da manhã? Foi o Marco Feliciano, né? Fala,
Marcão. Fala aí, Marcão. Por que você convidou os caras, aí, Marcão? Conta
aí". "Só uma reunião institucional para o presidente conversar com o
pessoal de imprensa. Vocês são tão amáveis com ele. Foi muito interessante",
ironizou o deputado.
Bolsonaro afirmou que não tem nada contra bater um papo
com a imprensa. "Combinamos, logicamente, eu falo às vezes algumas
palavras meio fortes, palavrões, não publicar nada. Acreditei na Folha, hein,
que não vai ter nenhum palavrão amanhã, valeu!."
Correio
Brasiliense
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