Após a
seleção brasileira ser derrotada por 1 a 0 pelo Peru em amistoso realizado no
início da madrugada desta quarta-feira (no horário de Brasília), em Los
Angeles, nos Estados Unidos, o zagueiro Marquinhos e o lateral-direito Fagner
lamentaram o gol sofrido pelo Brasil em um lance de bola parada, aos 39 minutos
do segundo tempo, assim como criticaram o estado do gramado do LA Memorial
Coliseum, palco do duelo. O defensor do Paris
Saint-Germain lembrou que a equipe nacional havia conquistado duas boas
vitórias sobre os peruanos na campanha do título da última Copa América, sendo
a primeira delas por 5 a 0 na Arena Corinthians e depois o triunfo por 3 a 1 na
decisão da competição, no Maracanã. Entretanto, ele reconheceu que desta vez a
equipe comandada por Tite ficou longe de repetir o nível daquelas duas
atuações.
"Creio
que foi um jogo bastante disputado, nós vínhamos de dois jogos bons contra eles
e bons resultados. Sabíamos que eles viriam para buscar o resultado e fizeram o
que tinha que fazer. O campo não ajudou muito. A bola quicou muito. Tentamos
forçar passe pelo meio, mas as duas equipes erraram muito. Sabíamos que era
jogo de uma bola, e eles foram felizes na bola parada", analisou
Marquinhos, em entrevista à TV Globo logo após o confronto.
Ele também lembrou que o Peru esteve perto de marcar um
gol da mesma maneira na goleada sofrida para o Brasil na primeira fase da Copa
América e agora teve sucesso em uma cobrança de falta parecida em Los Angeles.
"Foi uma batida muito boa. Teve uma batida quase do mesmo lugar na Arena
Corinthians e eles quase fizeram o gol, que nós conseguimos anular. Hoje eles
conseguiram fazer o movimento (de executar o cabeceio), mas nós vamos analisar
melhor o jogo. Aconteceu tudo muito rápido", completou.
Fagner, por sua vez, destacou que a seleção brasileira
soube criar oportunidades ofensivas e teve volume de jogo, apesar das condições
desfavoráveis do gramado. "Sem dúvida (o campo atrapalhou). Estava um
pouco duro, ralo demais. A bola estava muito viva. Estava dificultando
principalmente para os nossos jogadores de meio de campo, que não conseguiam
dar um toque só na bola. Eram sempre dois, três toques na bola. Para jogar
contra um time fechado, isso facilita (para os adversários)", reclamou
Fagner, também em entrevista à TV Globo.
O lateral do Corinthians, porém, admitiu que o Brasil
acabou pagando o preço pela sua incompetência na hora de definir as jogadas. E
ao ser lembrado do fato de que o Brasil já vinha de um empate por 2 a 2 com a
Colômbia, em amistoso na última sexta-feira, em Miami, ele elogiou a
"força do futebol sul-americano".
"Não tem mais seleção boba. E temos de ressaltar o
jogo que nós fizemos, consistente. O time criou chances de fazer o gol. E numa
bola parada foi penalizado. Agora é se preparar porque a gente sabe que não vai
ter jogo fácil, precisa crescer e amadurecer o quanto antes com esses tipos de
jogos para chegar forte nas Eliminatórias (da Copa do Mundo de 2022)",
disse o jogador, que ainda qualificou estes dois últimos amistosos como um
"aprendizado" para a seleção.
"Esses jogos têm de nos fazer crescer como equipe. A
gente sabe da importância de vencer, de trabalhar com tranquilidade em cima de
vitórias. Mas sabemos também que derrotas podem acontecer. Isso tem de fazer
com que a gente cresça", finalizou o atleta, que contra o Peru ganhou a
chance de ser escalado no lugar de Daniel Alves, atual capitão e ti tular absoluro da lateral direita do Brasil.
Caderno de Esportes
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