O plenário da Câmara dos Deputados começa nesta
terça-feira (9) a discussão da proposta de reforma da Previdência (PEC 6/19).
Aprovada na madrugada de sexta-feira (5) na Comissão Especial, após
16 horas de debates, o texto precisa do voto favorável de pelo menos 308 deputados
em dois turnos de votação para ir à análise do Senado.
Com
a aprovação na comissão, as negociações para votação no plenário se
intensificaram. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
tem recebido líderes partidários, após um fim de semana de conversas na
residência oficial da Presidência da Casa. Nesta terça, às 9h, será realizada
uma reunião do colégio de líderes.
Otimista com a aprovação da
matéria, Rodrigo Maia afirmou que a elaboração do texto que será analisado a
partir de hoje se deve à capacidade de diálogo e ao equilíbrio do Congresso.
“Vamos viver uma semana
decisiva. O grande desafio nosso é a votação no plenário. Temos que mobilizar
um número enorme de parlamentares, deputados, deputadas, para um tema que é
fundamental e decisivo, mas a gente sabe que foi uma construção”, disse Maia em
um podcast publicado em suas redes sociais.
No
domingo (7), após encontro com Rodrigo Maia, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também
demonstrou otimismo com a possibilidade de aprovação da PEC. Na análise do
ministro, a proposta deve receber cerca de 330 votos favoráveis.
“Temos um cálculo realista
ao redor de 330, com pé bem no chã, caminhamos para ter algo em torno de 330 e
pode ser até mais do que isso. É uma margem que a gente acredita ser possível”,
afirmou.
Para
acelerar o processo de tramitação da reforma, é possível que os deputados
aprovem um requerimento para quebrar esse interstício. “Dependendo de quando
começa o processo de discussão, talvez não seja necessário [a quebra]. Se for
necessário, os partidos da maioria e o partido do governo têm votos para
quebrar [o interstício] e vamos trabalhar para ter votos para a aprovação da
emenda”, disse Rodrigo Maia.
Entre o primeiro e o segundo
turno de votação também é necessário um interstício, de cinco sessões. Segundo
Maia, caso haja “vitória contundente” no primeiro turno há “mais respaldo
político para uma quebra [do interstício] do primeiro para o segundo
[turno]".
Se validado pelos deputados,
o texto segue para análise do Senado, onde também deve ser apreciado em dois
turnos e depende da aprovação de, pelo menos, 49 senadores.
Agencia Brasil
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