Dos 65.602
homicídios registrados no Brasil em 2017, 7.487 foram na Bahia. Em números
absolutos, o estado possui o maior índice de assassinatos entre todos os 26
estados e o Distrito Federal. A variação demonstra um aumento de 4,4%, se
comparado aos registros baianos de 2016.
Esses dados são do Atlas da
Violência 2019. Divulgado na manhã desta quarta-feira (5), o documento é feito
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir de dados do
Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde
De acordo com o estudo, o perfil das vítimas é o
seguinte:
- 49.524 pessoas negras no Brasil e 6.798 na Bahia;
- 35.783 pessoas jovens (com idades entre 15 e 29
anos) no Brasil e 4.522 na Bahia
- 4.936 mulheres no Brasil e 487 na Bahia;
- 3.288 mulheres negras no Brasil e 417 na Bahia.
O estudo destaca ainda os crimes contra a população
LGBTI+, mas salienta que a invisibilidade do problema prejudica a produção
oficial de dados e estatísticas.
"Por exemplo, não sabemos sequer qual é o tamanho
da população LGBTI+ (o que inviabiliza qualquer cálculo de prevalência
relativa de violência contra esse grupo social), uma vez que o IBGE não
faz qualquer pergunta nos seus surveys domiciliares sobre a orientação sexual.
Por outro lado, as polícias (em geral), nos registros de violência, também
não fazem qualquer classificação da vítima segundo a orientação sexual,
assim como não existe tal característica nas declarações de óbito. Portanto,
torna-se uma tarefa extremamente árdua dimensionar e traçar diagnósticos para
produzir políticas públicas que venha a mitigar a violência contra a
população LGBTI+", diz o texto.
Dessa forma, o Atlas traz dois dados diferentes, mas
apenas um com o número de homicídios. Com base nas denúncias feitas através do
Disque 100, ele mostra que o Brasil registrou 193 assassinatos de LGBTs - em
2016, foram 85. Já na Bahia, o sistema registrou 18 mortes, 11 a mais do que no
ano anterior.
Fonte:
Bahia Noticias
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