A taxa de
desemprego no Brasil fechou em 12,4% nos três meses até fevereiro, informou o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (29).
O percentual está acima dos 11,6% registrados nos três meses até novembro.
Projeção da Bloomberg para a taxa de desemprego era de 12,5%.
Os
números divulgados nesta sexta representam a entrada de 892 mil pessoas na
condição de desocupação, totalizando 13,1 milhões de trabalhadores nessa
situação no país. "A desocupação voltou a subir, mas não é a maior da
série. Neste mesmo trimestre, a maior foi de 13,2%, em 2017. Esperava-se que
ela fosse subir, é um aumento que costuma acontecer no começo do ano",
afirmou o coordenador do IBGE Cimar Azeredo.
Na
última avaliação feita pelo IBGE, nos três meses até janeiro, a taxa havia
ficado em 12%. No período até fevereiro, a população subutilizada -grupo que
inclui desocupados, quem trabalha menos de 40 horas semanais e os disponíveis
para trabalhar, mas que não conseguem procurar emprego- chegou ao pico da
série, iniciada em 2012, ao atingir 27,9 milhões de pessoas.
Outro
recorde foi o número de pessoas desalentadas -aquelas que desistem de procurar
emprego. Nesses três meses, 4,9 milhões de brasileiros se encontravam nessa
condição. "Dado que o desemprego chegou neste nível tão alto, isso
alimenta o desalento também. Essas pessoas não se veem em condições de procurar
trabalho", disse Cimar.
O número de
trabalhadores no setor privado com carteira assinada permaneceu estável,
enquanto os empregados sem carteira assinada caiu 4,8%, na comparação com o
trimestre anterior. O rendimento médio mensal real também chegou ao seu patamar
mais alto, em R$ 2.285, em um aumento de R$ 35 em relação ao trimestre
encerrado em novembro.
Bastidores do
Poder
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