Preso em
uma investigação da Lava Jato no Rio de Janeiro, nesta quinta [21], o
ex-presidente da República Michel Temer [MDB] é alvo de mais nove inquéritos
criminais em diferentes seções judiciárias no País.
Temer já
havia sido denunciado três vezes pela Procuradoria-Geral da República (PGR),
entre 2017 e 2018, enquanto era presidente. A Câmara não autorizou análise de
dois dos casos e o terceiro nem chegou a ser discutido. Só a partir de janeiro
começaram a tramitar, depois de Temer deixar o Planalto.
Dos
dez inquéritos, nove estão na Justiça Federal. Desses, quatro estão em
Brasília, quatro em São Paulo e um no Rio de Janeiro - aquele em que foi
determinada a prisão preventiva dele e de outras sete pessoas - incluindo o
aliado e ex-ministro Moreira Franco -, por decisão do juiz Marcelo Bretas,
titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Há também um caso encaminhado para a Justiça Eleitoral de
São Paulo, para apuração sobre suposto pagamento de propina pela Odebrecht a
políticos do MDB. Um dos fatos sob investigação é um suposto acerto, durante um
jantar no Palácio do Jaburu - residência oficial da vice-presidência -, para
repasses de R$ 10 milhões.
Cinco dos inquéritos contra Temer foram abertos entre
2017 e 2018, quando ele estava no cargo. Outros cinco foram abertos no início
de 2019, a pedido da Procuradoria-Geral da República. Todos foram enviados a
outras instâncias devido à perda de foro.
No
pedido de prisão, a força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro aponta Temer
como destinatário de R$ 1 milhão em propina da Engevix relacionada a contratos
na Eletronuclear relacionados à usina nuclear de Angra 3 no Rio de Janeiro.
"Temer é líder de uma organização criminosa, que
ocupou durante ao menos quase duas décadas muitos dos cargos mais importantes
da República, e se valeu de tal poder político para transformar os mais
diversos braços do Estado brasileiro em uma máquina de arrecadação de
propinas", afirmou o Ministério Público Federal.
Bastidores
do Poder
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