Os
procuradores que integram a força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público
Federal do Rio (MPF) divulgaram uma nota afirmando que receberam "com
serenidade" a decisão de revogação da prisão do ex-presidente Michel Temer
(MDB), do ex-ministro Moreira Franco e de João Baptista Lima Filho, o coronel
Lima, na tarde desta segunda-feira, 25.
Porém, o grupo reafirmou que as razões para a prisão
preventiva "são robustas e consistentes", mas respeita que a decisão
liminar monocrática do desembargador federal Antonio Ivan Athié, do Tribunal
Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), que é o relator do caso. A força-tarefa
informou que analisará as medidas judiciais que poderão ser tomadas.
Já a
Procuradoria Regional da 2ª Região, a segunda instância do MPF, anunciou que
vai recorrer da decisão. A expectativa do órgão é que os habeas corpus sejam
julgados pela 1ª Turma do tribunal. A questão estava na pauta deste colegiado
para a sessão da próxima quarta-feira, 27, a pedido do próprio Athié. Porém, o
desembargador antecipou uma liminar que soltou os acusados.
Athié alegou que, até o momento, o que se tem são
"suposições de fatos antigos, apoiadas em afirmações do órgão
acusatório". Ele afirmou ainda que já teve o tempo necessário para
analisar o caso, o que justificou sua decisão monocrática, em vez de aguardar o
julgamento na 1.ª Turma do tribunal.
Bastidores do Podere
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