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quarta-feira, 20 de março de 2019

Ganha mais adesões a mobilização por um Planserv melhor



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Ganha fôlego a mobilização dos médicos credenciados ao Planserv, capitaneada pelo Sindimed. Nesta terça-feira (19), ocorreu mais um encontro para discutir temas essenciais como atualização da tabela de honorários e a reação contra o que é considerado um desmonte do importante serviço, por parte do governo do estado.
Na assembleia, ficou decidido que se até 8 de abril as discussões com Executivo Estadual não avançarem, haverá paralisação também das consultas eletivas das especialidades nas quais as cirurgias já estão suspensas. A presidente do Sindimed, Ana Rita de Luna, assinalou que agora, mais que nunca, é o momento das demais especialidades envolvidas se unirem para obter avanço.

No último dia 15 de março, um acordo foi firmado entre os anestesiologistas e a gestão do Planserv, demonstrando que é possível, sim, defender com altivez e união às demandas da classe médica, porque são justas. É evidente que essa medida isolada, com uma única especialidade, não é suficiente para resolver os graves problemas que afligem os demais profissionais, por isto é que o movimento prossegue, inclusive, com mais adesões.
As especialidades que já tiveram suspensas as cirurgias em função da falta de diálogo do governo com a categoria médica são coloproctologia, cirurgia geral, do aparelho digestivo, além das áreas de urologia, otorrino, cirurgia de coluna, de joelho, de quadril e de ombro, mastologia, cirurgia vascular, neurocirurgia, hemodinâmica, eletrofisiologia e cirurgia de cabeça e pescoço.
‘Desasistência Silenciosa’
O Sindimed reitera que a atual forma de gestão do Planserv leva a uma espécie de ‘desasistência silenciosa’. Isso se traduz também no descompasso em relação aos avanços terapêuticos e diagnósticos verificados nos últimos anos. Falta, sim, investimento para tornar o serviço mais eficiente e moderno.
Falta mais investimento, inclusive, para que se promova a urgente revisão da tabela de honorários, esperada há pelo menos três anos pelos médicos credenciados ao plano. Em relação aos pacientes, o que se vê é a redução de atendimentos em função da política de cotas e, por conseguinte, mais dificuldade para a marcação de consultas e procedimentos em geral.
Vale lembrar que enquanto o governo do estado alardeia em seus canais de comunicação ter feito investimentos importantes, o fato é que o repasse oficial ao Planserv foi reduzido de 4% para 2%, ou seja, caiu pela metade. E esta redução de subsídio, é claro, leva à limitação dos atendimentos, feitos de acordo com as cotas repassadas aos estabelecimentos conveniados. Sem falar nos atrasos de repasses para hospitais e médicos.
Segundo o próprio governo, embora a adesão ao Planserv seja facultativa, três em cada quatro servidores pagam parte do plano, formando com seus familiares um grupo de 520 mil pessoas atendidas. E quem vive a realidade do Planserv de hoje, como os médicos, funcionários e pacientes, sabe muito bem que o serviço está longe de cumprir sua missão, que é “promover assistência à saúde, contribuindo para a qualidade de vida dos seus beneficiários”.

Fonte: SINDIMED


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