O presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), falou nesta quinta-feira (14) sobre a crise
que se abriu no governo, após reportagens da Folha de S. Paulo levantarem
suspeitas sobre criação de candidatos laranjas, por parte do PSL, como forma de
conseguir recursos públicos para campanhas eleitorais. O
ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, então presidente do partido de
Jair Bolsonaro, é apontado como responsável por ter autorizado a liberação das
verbas do fundo partidário para tais candidaturas. Por isso, tem sido alvo dos
filhos do presidente.
Um
deles, Carlos Bolsonaro, chegou a dizer, em uma rede social, nesta quarta-feira
(14), que Bebianno mentiu ao afirmar que estava em contato com Bolsonaro. Para
isso, usou como prova um áudio que teria sido enviado pelo próprio presidente
ao ministro. Bolsonaro, por sua vez, endossou a posição de Carlos e
compartilhou a publicação.
"A
impressão que dá é que o presidente está usando o filho para pedir para o
Bebianno sair. E ele é presidente da República, não é? Não é mais um deputado,
ele não é presidente da associação dos militares", declarou Maia ao blog
da Andreia Sadi, no portal G1.
"Então, se ele está com algum problema, ele tem que
comandar a solução, e não pode, do meu ponto de vista, misturar família com
isso porque acaba gerando insegurança, uma sinalização política de insegurança
para todos", afirmou o presidente da Câmara.
Maia ainda falou sobre os riscos causados pelo episódio.
"Olha, eu não gosto de ficar me movendo nas relações familiares, mas eu
acho que o episódio do Bebianno não tem relação com o Bebianno. O Bebianno
transferiu dinheiro para o diretório [do PSL], não é? Ou para uma candidata de
um estado. Qualquer presidente de partido poderia passar por isso. Você
transformar isso numa crise dentro do Palácio do Planalto, eu acho que é risco
muito grande pra um governo que precisa analisar a liderança, unidade, porque
vai ter desafios importantes começando pela Previdência", declarou.
Bastidoers
do Poder
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