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domingo, 3 de fevereiro de 2019

O nome dela é Jhenyfer, ex-aluna de escola pública, negra e aprovada em medicina na USP aos 17 anos



Jhenyfer cursou o ensino médio no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.  — Foto: Arquivo pessoal

Jhenyfer Rosa, de 17 anos, foi aprovada em medicina na Universidade de São Paulo pelas cotas do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Eram 15 vagas reservadas a ex-alunos de escolas públicas que sejam negros, pardos ou indígenas. A jovem orgulha-se de estar nesse grupo e defende que as universidades deixem de ser elitizadas.
“A gente vem lutando há anos para incluir mais pessoas nas faculdades. O direito à educação é para todos, não só ricos e brancos. Gente de bairros marginalizados precisa ter a oportunidade de crescimento, de acesso ao conhecimento”, diz a garota. “As cotas da USP são necessárias. Uma coisa é poder fazer 4 anos de cursinho, até passar em medicina. Outra é ter só uma chance na vida”, completa.
Jhenyfer se declara negra. Seu pai, também negro, é técnico de segurança do trabalho, mas está desempregado. A mãe, branca, é técnica de enfermagem em uma clínica de hemodiálise. Inclusive, foi ela que inspirou a filha a seguir a carreira na medicina – além de séries médicas e vídeos de cirurgias, assistidos em maratona pela jovem.

Bolsa no Cursinho:
Jhenyfer dedicou-se e foi aprovada em uma escola federal disputada no Rio de Janeiro, o Colégio Pedro II. Para conseguir se matricular ali, é necessário prestar um concurso. “É muito concorrido, mas estudei bastante no 9º ano para conseguir. Fui aprovada também em outros dois institutos federais, mas que ofereciam o ensino médio técnico. Preferi o regular, para ficar focada no Enem”, diz..

Globo.com

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