Uma noite de homenagens e muita emoção marcou o Flamengo
X Fluminense nesta quinta (14), no Maracanã. Muitos torcedores choraram quando
o telão do estádio mostrou um dos camarotes. Lá estavam o menino Cauan Emanuel,
um dos sobreviventes do incêndio que destruiu o alojamento do Centro de
Treinamento George Helal, o Ninho do Urubu. Emocionado, o menino não parou de
chorar. Junto a Cauan e a seus familiares estava Andreia Cândido, mãe do
goleiro Christian Esmerio Cândido, um dos dez garotos mortos no
incêndio, que também não conseguia conter as lágrimas.
Com a torcida entoando
cânticos em homenagem aos “Garotos do Ninho”, um grupo de garotos ocupou o
círculo central do gramado, onde, ao centro, era exibida uma faixa com os
dizeres "aos meninos do ninho, nossas orações". Após um minuto
de silêncio, o grupo soltou os balões de gás Hélio que subiram ao céu.
Na beiradas das arquibancadas,
ao redor do gramado, dez bandeiras exibiam fotografias dos meninos
mortos.
Os times entraram em campo
de luto. Cada jogador do Fluminense tinha uma faixa preta no braço esquerdo. Os
do Flamengo entraram em campo com a camisa rubro negra e, abaixo do número de
cada jogador, o nome de um dos atletas mortos. O time entrou de short preto,
quando o uniforme oficial é o branco.
A torcida do Fluminense
homenageou a do rival cantando a música “a bênção João de Deus”, que o clube
adotou como canto após a visita do Papa João Paulo II ao Brasil, em 1981.
Com a bola rolando, a última
homenagem: aos dez minutos de jogo, a torcida do Flamengo entoou uma música
criada especialmente para os eternos meninos do ninho. A coreografia ficou por
conta das lanternas dos celulares de cada torcedor ligada.
No final
o fluminense venceu a partida por 1X0 e enfrenta o Vasco domingo (17), na final
da Taça Guanabara.
Agencia
Brasil
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