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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Bahia – Deputada do PCdoB sugere programa de reeducação e tratamento para autor de violência contra a mulher



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A implantação de um programa para tratamento, reeducação e reabilitação de autores de violência doméstica na Bahia foi sugerida ao Governo do Estado, nesta terça-feira (5), pela deputada Olívia Santana (PC do B), através de indicação na Assembleia Legislativa. Intitulado Refazendo Vidas, o programa tem como objetivo a redução dos indicadores de reincidência do crime de gênero, por meio da ressocialização e reabilitação dos agressores, como aconteceu em São Paulo, onde a reincidência caiu de 65% para 2%.
O programa realizará ciclos de palestras e conversação com grupos de agressores, coordenados por profissionais especializados, com discussões sobre masculinidade, direitos humanos, sexualidade e afetividade, relações familiares, direitos e deveres iguais para homens e mulheres, trabalho, saúde, educação, progresso, problemas de dependência química, depressão, sonhos e perspectivas de vida.
Segundo a indicação, o Refazendo Vidas considera a trajetória de homens forjados pelo machismo e aponta caminhos de desconstrução de atitudes criminosas baseadas nas relações de gênero. “Muitos homens que praticam violência já foram abusados ou sofreram algum tipo de violência em suas vidas. A reflexão crítica e consciente pode ser o caminho para se reconstruir relações sadias nos lares e nas ruas, entre homens e mulheres”, diz o documento.
A parlamentar elogiou a luta feminista na Bahia que impulsionou o Estado a instituir diversas estruturas de enfrentamento à violência doméstica, entre elas a Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres, o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, a Comissão Especial dos Direitos da Mulher, da Assembleia Legislativa, além das delegacias especializadas de atendimentos, varas de violência doméstica e familiar, e o Grupo de Atuação Especial em Defesa das Mulheres no Ministério Público, a Ronda Maria da Penha, Casas abrigo e o Hospital da Mulher.
Segundo a comunista, muito ainda precisa ser realizado para melhorar e ampliar o funcionamento da rede protetiva e garantir a redução dos crimes de violência contra as mulheres. “Agressores precisam pagar pelos seus crimes judicialmente, mas é preciso criar condições para que eles também atuem na busca da mudança de atitude e de evitarmos a reincidência”, frisou.

Com informações de Fábio Sena


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