O futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, disse hoje (10) que
não cabe a ele dar explicações sobre relatório do Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf) a respeito de movimentação financeira atípica de
um ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-SP),
filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
“O que existia
no passado de ministro da Justiça opinando sobre casos concretos é
inapropriado. Estes fatos têm que ser esclarecidos. O presidente já apresentou
alguns esclarecimentos. Tem outras pessoas que precisam prestar os seus
esclarecimentos. E o fatos, se não forem esclarecidos, têm que ser apurados. Eu
não tenho como assumir esse papel”, disse Moro, após ser questionado sobre o
relatório.
Jair Bolsonaro disse que os R$ 24 mil pagos em cheque pelo
ex-assessor Fabrício José de Queiroz à futura primeira-dama Michelle Bolsonaro
referem-se à quitação de uma dívida pessoal.
“Emprestei dinheiro para ele em outras oportunidades. Nessa
última agora, ele estava com um problema financeiro e
uma dívida que ele tinha comigo se acumulou. Não foram R$ 24 mil, foram R$ 40
mil. Se o Coaf quiser retroagir
um pouquinho mais, vai chegar aos R$ 40 mil”, disse a jornalistas.
O relatório do Coaf, divulgado pelo jornal O
Estado de São Paulo, informa que o ex-assessor e policial
militar Fabrício José Carlos de Queiroz teria movimentado R$ 1,2 milhão entre
janeiro de 2016 e janeiro de 2017 – valores supostamente incompatíveis com sua
renda declarada. Uma das transações seria um cheque de R$ 24 mil destinado à
futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Agencia Brasil
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