Desde a saída dos 8.517 médicos cubanos do
programa Mais Médicos, por decisão do governo daquele país, após o presidente
eleito Jair Bolsonaro qualificar os profissionais como "escravos" de
uma "ditadura", regiões mais remotas do Brasil estão em situação
crítica.
Apesar de o governo Michel Temer ter lançado edital para
preencher as vagas deixadas pelos cubanos, e de ter recebido 36.222 inscrições
de médicos brasileiros, apenas 4.322 haviam se apresentado para o trabalho, até
a última sexta-feira (7). O prazo final é o próximo dia 14.
No entanto, em algumas áreas, mais
afastadas dos grandes centros urbanos, a situação é mais grave. Na região
Norte, 106 vagas não foram ocupadas, informou o Ministério da Saúde, nesta
segunda-feira (10). Os lugares remanescentes estão distribuídos entre oito
distritos indígenas e 19 municípios.
Segundo o levantamento final, não houve interessados em um
distrito indígena (Dsei) — Médio Purus, no Amazonas — e em outros dois
municípios: Terra Santa, no Pará, e Castanheiras, em Rondônia.
Por isso, a pasta publicou, também hoje,
novo edital para a segunda etapa de seleção. Desta vez, poderão se inscrever, a
partir desta terça (11), médicos com CRM no Brasil ou formados no exterior,
mesmo sem revalidar o diploma.
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