O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse hoje (5) que está
confiante em que a reforma da Previdência começará a ser votada no primeiro
semestre de 2019. Segundo ele, há a possibilidade de aproveitar parte da
proposta encaminhada pelo presidente Michel Temer. A prioridade, de acordo com
Bolsonaro, é fixar idade mínima.
“Não adianta
apresentarmos uma boa proposta e ela acabar ficando [parada] na Câmara ou no
Senado. Este seria o pior dos quadros possíveis. Nosso grande problema, o que
mais interessa no primeiro momento, é a idade mínima. Vamos começar com essa
ideia e, depois, apresentar outras propostas", disse Bolsonaro, indicando
que pode se reunir com o relator da proposta, o deputado federal reeleito
Arthur Maia (DEM) a fim de convencê-lo de propor a votação da idade mínima.
“A proposta [de Temer] está aí, andando. Conversando com o
relator, se pode mover apenas a idade mínima e votá-la logo, sem esperar por
todo o trâmite de uma nova proposta via emenda constitucional”, disse o
presidente eleito, que foi condecoradocom a
Medalha do Pacificador com Palma, entregue pelo comandante da força, general
Eduardo Villas Boas, no Quartel General da força, em Brasília.
O futuro presidente disse ainda que, se pudesse, aprovaria novas
regras para a Previdência já no dia 1º de fevereiro, quando começa a nova
legislatura. “Mas temos que respeitar o calendário de tramitação de
proposições. Pretendemos, logicamente, aprovar a Reforma da Previdência porque,
se não a fizermos, daqui a pouco estaremos na mesma situação que a Grécia
esteve há pouco tempo.”
Bolsonaro
também revelou que convidará os líderes partidários para discutir a proposta
antes de enviá-la à Câmara. Ele reiterou que “não pretende fazer política da
forma como era feito antes”. “Posso não saber a fórmula do sucesso, mas a do
fracasso é continuarmos fazendo a política de coalizão, de repartir o Poder
Executivo com o Parlamento, ao qual respeitamos muito.”
Ontem (4) Bolsonaro já havia dito que pretende apresentar ao
Congresso uma proposta fatida e que
a definição de uma idade mínima para aposentadoria será prioridade.
Bolsonaro afirmou também que a reforma tributária em discussão
no Congresso Nacional deve ser discutida com Paulo Guedes, confirmado para o
Ministério da Economia. Questionado sobre os avanços e perspectivas, ele disse
que a pergunta deveria ser feita a Gudes.
“Esta é uma
boa pergunta para fazer ao Paulo Guedes. Porque é bastante complexo. Para
entender o emaranhado da nossa legislação [tributária] é preciso ser PHD em
Economia”, brincou o presidente eleito antes de voltar a defender a necessidade
de flexibilizar as leis trabalhistas.
"Quero
mudar o que for possível [na legislação trabalhista]. Temos direitos demais e
empregos de menos. Precisamos chegar a um equilíbrio e a reforma aprovada há
pouco tempo já deu uma certa tranquilidade para os empregadores", concluiu
o presidente eleito.
Agencia Brasil
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