Após uma série de protestos e tentativa de obstrução por parte da
oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), os deputados estaduais ligados ao governo
do estado, aprovaram o projeto de lei 22.975/2018, que modifica
a estrutura da organização da administração pública. A sessão chegou ao fim no
início da tarde desta quarta-feira (12) após sessão realizada no auditório da
Casa.
Com isso, órgãos como a Superintendência de
Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic) e o Centro Industrial do Subaé
(CIS) ficam extintos. Já a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado
da Bahia (Conder), que foi um dos focos dos protestos realizados pelos
servidores, tem sua extinção autorizada.
Embora algumas emendas tenham sido aprovadas
para o projeto, o próprio presidente da AL-BA, deputado Ângelo Coronel (PSD)
admite não saber o que foi acatado e de que forma elas podem impactar no
resultado. “O projeto foi aprovado na
integralidade, teve algumas emendas de relator, que ele leu, mas eu confesso a
vocês que foi tanta zuada ali que não sei nem qual foi à emenda que ele
leu”, justifica o parlamentar.
Com o relatório lido rapidamente, as emendas
eram sopradas no ouvido do relator, o deputado Manassés (PSD), que apenas
repetia “aprovado” e dava seguimento à votação.
Previsto para ser votado na terça-feira (11), o PL integra o pacote de
medidas enviado ao Legislativo pelo governador Rui Costa (PT). Contrários ao
grupo de medidas, servidores do estado realizaram manifestações dentro e fora
da Assembleia — eles foram acusados de quebrar a porta de vidro do salão verde
ontem e hostilizaram a deputada Angela Sousa (PSD), da base governista, nesta
manhã.
No caso da Conder, que está inclusa neste PL,
a Associação dos Servidores da Conder (Ascon) chegou a sugerir que o governo
extinguisse cinco diretorias obsoletas, justificando que isso representaria uma
economia de R$ 33 milhões por ano, mas a proposta não foi aceita. Já o governador
defendeu a extinção da entidade sob o argumento de que a empresa tem um alto
número de aposentados no seu quadro de funcionários, o que culmina em alto
custo e baixa produção.
Com informações do BN
Nenhum comentário:
Postar um comentário