Nos
próximos dias, o presidente eleito Jair Bolsonaro deve anunciar os nomes dos
ministros do Meio Ambiente, da Saúde, da Defesa e das Relações Exteriores. A
previsão foi feita pelo próprio Bolsonaro hoje (9), durante
transmissão ao vivo nas redes sociais, ao destacar a dificuldade para escolher
um nome para educação. “Educação é complicado”, afirmou.
Bolsonaro disse que ele vai
escolher o nome para o Meio Ambiente: “Quem vai indicar é Jair Messias
Bolsonaro”, disse o presidente eleito dirigindo-se às organizações não
governamentais (ONGs). O presidente eleito reclamou das multas ambientais.
Segundo ele, há informações, que ainda não confirmou, segundo as quais 40%
do arrecadado em multas vão para as ONGs. “Não vai ter aquele
ativismo”, avisou, sem entrar em detalhes.
Para Bolsonaro,
há abusos na cobrança de multas e também na demarcação de terras indígenas. Ele
disse ter sido vítima de uma denúncia infundada sobre pesca ilegal,
em 2012, que o fez responder no Supremo Tribunal Federal (STF), embora tivesse
comprovado que a acusação era improcedente. De acordo com o presidente eleito,
uma forma de incentivar a preservação ambiental é estimular o turismo.
Bolsonaro
destacou o perfil de cada um dos já confirmados: Paulo Guedes para Economia,
Sergio Moro para Justiça e Segurança, Onyx Lorenzoni para Casa Civil, general
da reserva Augusto Heleno para o Gabinete de Segurança Institucional e Tereza
Cristina para Agricultura, além de Marcos Pontes para Ciência e Tecnologia.
O presidente eleito disse
ter observado que “todos confiam” no economista Paulo Guedes, que
comandará o superministério que vai reunir Fazenda, Planejamento e Indústria e
Comércio. “Precisamos de uma equipe para salvar o Brasil.”
Também elogiou o general
Heleno, descrito pelo presidente eleito como “um conselheiro”. Para ele, o
astronauta Marcos Pontes é uma referência por sua carreira e currículo. “Ele é
perfeitamente ligado a este mundo.”
Ao se referir sobre o juiz
Sergio Moro, Bolsonaro afirmou que a única exigência feita por ele para assumir
a Justiça foi “ter carta branca para combater o crime organizado”. Daí sua
determinação de agregar outras áreas ao Ministério da Justiça, como Segurança
Pública e um “braço” – o Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf).
Também afirmou que a
discussão sobre a redução da maioridade penal vai ser definida a partir de
um consenso e não por imposição.
O
presidente eleito disse ainda que a escolha da deputada federal Tereza Cristina
(DEM-MS) foi uma indicação da bancada ruralista. De acordo com ele, outros
gostariam de ter sido indicados e alegaram que estão “há muito tempo”
ao seu lado. “Se for assim, tenho de colocar minha mãe, então, que está comigo
há 63 anos.”
Bolsonaro disse que sua
prioridade na Agricultura será garantir segurança jurídica para os produtores
rurais, de tal maneira que eles “não acordem” no dia seguinte com a terra
demarcada para indígenas nem com a cobrança de multas indevidas.
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