Daqui
até sábado vão chover pesquisas na disputa presidencial e é bom, pelas
incertezas que as já divulgadas sugerem. A disputa que começou pulverizada, na
reta de chegada está polarizada, entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Ou
seja, o anti-petismo e o PT.
A pesquisa do Datafolha
ontem divulgada trouxe uma novidade: Haddad, que até sexta passada vinha
subindo, estagnou em 22%-21%, enquanto Jair Bolsonaro pulou de 28% para 32%.
Se Lula tinha 37% e Haddad
22%, é óbvio imaginar que ele ainda tem espaço a conquistar no campo petista.
Então, o que aconteceu, foi o efeito da divulgação da delação de Antonio
Palloci pelo juiz Sérgio Moro ou as manifestações do fim de semana prós e
contra Bolsonaro? A tendência vai se manter ou isso é transitório?
As respostas veremos nas
próximas pesquisas, mas já é fato líquido e certo que Bolsonaro tem eleitorado
consolidado, e só cresce.
Aliás, o diretor do Ibope,
Carlos Montenegro, diz não ter notado nenhum efeito da facada. Não é bem isso
que as pesquisas mostram. Depois do atentado, Bolsonaro pulou de 24% para 26%,
depois foi a 28% e agora está em 32% no Datafolha, sem participar de debates e
fora do horário eleitoral.
Montenegro, ressalte-se,
disse em 2010 que Dilma não teria chance alguma, porque Lula não tinha
capacidade para eleger um poste. Até nisso Bolsonaro acerta. Montenegro avalia
muito mal.
Levi Vasconcelos é
jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.
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