O
ministro da Defesa, general da reserva Joaquim Silva e Luna, afirmou, em
entrevista ao site UOL, que o acirramento da polarização política às vésperas
das eleições e a criminalidade nos estados tornam o pleito deste ano mais
tenso, mas que ele não vê a democracia em risco. Silva e Luna também afirmou
que o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, capitão reformado que
costuma atrelar sua imagem ao Exército e tem como vice um general da reserva,
não representa as Forças Armadas. “Entendemos que vamos chegar [na eleição] com
a situação tensa, mas sob controle”, disse Silva e Luna, referindo-se à
polarização da sociedade e ao alto índice de criminalidade que fez ao menos 11
estados pedirem ajuda aos militares para reforçar a segurança no dia 7 de outubro,
quando acontece o 1º turno das eleições. Questionado se vê a possibilidade de
as Forças Armadas serem acionadas para proteger os poderes constitucionais e
garantir o resultado das urnas, o ministro disse que a democracia não está
risco. “Não visualizamos ela [a democracia] correndo risco. Nunca percebemos
isso. Os poderes constitucionais estão funcionando normalmente e sem nenhuma
dificuldade de exercer na plenitude as suas ações”, afirmou. Para Silva e Luna,
os candidatos estariam contribuindo para aumentar o nível de tensão. Segundo
ele, os presidenciáveis têm apresentado suas narrativas de forma “contundente”
para convencer o eleitorado, tornando todo o processo mais polarizado. O
ministro ainda afirmou que o acirramento dos ânimos é até esperado na época
eleitoral, mas que, após o pleito, o país tem que buscar união nacional. “Tenho
buscado oportunidades para passar essa percepção para a sociedade: exerça seu
direito de cidadania e, terminado o período eleitoral, vamos conduzir o Brasil,
o Brasil somos todos nós”, disse.
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