Em meio às suspeitas do envolvimento de empresas no envio de
mensagens falsas contra o PT no WhatsApp, o candidato do partido à Presidência
da República, Fernando Haddad, disse hoje (18) que o correto seria Ciro Gomes
(PDT) concorrer com ele no segundo turno. Ciro ficou em terceiro lugar no
primeiro turno ao obter 12,47% dos votos válidos.
“É o que a legislação prevê, porque ele [Jair Bolsonaro, do PSL] tentou fraudar a eleição,
felizmente não deu primeiro turno. Se desse, isso tudo ia pra baixo do tapete”,
disse Haddad referindo-se às informações publicadas hoje na imprensa sobre a
suposta existência de um grupo de empresários que financia o envio em massa de
mensagens falsas via WhatsAp
O petista defendeu ainda que pelo menos um dos empresários
suspeitos de participar do grupo fosse preso para que os demais fossem
delatados. Segundo ele, o grupo reúne de 20 a 30 pessoas.
“Basta prender
um empresário que vai ter delação premiada e vai entregar a quadrilha toda. Nós
estamos falando de 20 a 30 empresários envolvidos nesse esquema. Se prender um,
em menos de 10 dias a gente vai ter a relação de todos os empresários que estão
financiando com caixa 2 uma campanha difamatória.”
Haddad indicou
que tem conhecimento sobre um dos empresários, a empresa contratada e os
valores negociados.
"Nós
vamos levar ao conhecimento da Justiça todos os indícios. Alguns que estão nos
chegando agora de reuniões que ele [Bolsonaro], de viva-voz, pediu apoio via
WhatApp. Ou seja, ele próprio, em jantares com empresários, fez o pedido para
que a doação fosse feita dessa maneira, de forma ilegal", disse.
O candidato do
PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, não se manifestou publicamente
sobre o assunto.
Agencia Brasil
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