As eleições 2018 terão sete candidatos à
Presidência da República com “padrão Enéas” de propaganda, ou seja, com menos
de 15 segundos para pedir votos em cada bloco do horário eleitoral fixo. Um
deles é o deputado Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas no cenário em que
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Operação
Lava Jato, não é incluído. Também estão nessa situação Guilherme Boulos (PSOL),
Cabo Daciolo (Patriota), José Maria Eymael (DC), Vera Lúcia (PSTU), João Goulart
Filho (PPL) e João Amoêdo (Novo). Na campanha presidencial de 1989, o então
candidato Enéas Carneiro (Prona) se notabilizou como o mais caricato dos
chamados “nanicos” por falar de forma rápida na TV e concluir sempre seus
discursos, aos gritos, com o bordão “Meu nome é Enéas!”.
As regras de distribuição destinaram aos
candidatos do PSDB, do PT e do MDB cerca de 85% do tempo de propaganda. O
tucano Geraldo Alckmin, por formar a coligação que elegeu mais deputados na
eleição anterior, terá a maior fatia: cerca de 5 minutos e meio em cada bloco
de 12 minutos e 30 segundos. A seguir vêm Lula (2 minutos e 20 segundos) e o
ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB), com quase 2 minutos. Até 2014,
os partidos pequenos tinham acesso privilegiado à propaganda na TV –
desproporcional a seu número de votos – por causa de uma regra na legislação
que determinava que um terço do horário eleitoral fosse dividido igualmente
entre todos os candidatos a cargos executivos.
Os outros dois terços eram rateados de acordo
com o tamanho das bancadas dos partidos ou coligações na Câmara dos Deputados.
Estadão
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