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quinta-feira, 3 de maio de 2018

Na Bahia aonde tudo vai bem, na propaganda, mais de 85% dos jovens vivem na miséria


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Mais de 40% de crianças e adolescentes de até 14 anos vivem em situação domiciliar de pobreza no Brasil, o que representa 17,3 milhões de jovens. Em relação àqueles em extrema pobreza, o número chega a 5,8 milhões de jovens, ou 13,5%. O que caracteriza a população como pobre e extremamente pobre é o rendimento mensal domiciliar per capita de até meio e de até um quarto do salário mínimo. Os dados são da publicação “Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil”, da Fundação Abrinq. O estudo relaciona indicadores sociais aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), compromisso global para a promoção de metas de desenvolvimento até 2030, do qual o Brasil é signatário junto a outros 192 países.
Vergonha baiana: Em relação à renda, o Nordeste e o Norte continuam apresentando os piores cenários, com 60% e 54% das crianças, respectivamente, vivendo na condição de pobreza, enquanto a média nacional é de 40,2%. Na Bahia o cenário é ainda pior, com 60,8% dos jovens na pobreza. Isso significa que suas famílias vivem com menos de R$ 450 por mês. Outros 24,7% estão na extrema pobreza, tendo apenas R$ 220 por mês. No total, 85,5% dos jovens da Bahia enfrentam condições miseráveis no período em que deveriam estar se desenvolvendo. A pobreza acaba gerando violência. O relatório mostra que 18,4% dos homicídios cometidos no Brasil em 2016 vitimaram menores de 19 anos, um total de 10.676. A maioria (80,7%) foi assassinada por armas de fogo, sendo mais ainda no Nordeste (85%). Falta educação o NE tem a maior proporção de homicídios de crianças e jovens por armas de fogo do país, superando de longe a taxa nacional, de 19,8%. A violência é a consequência da falta do investimento nas outras políticas sociais básicas. Os outros índices influenciam diretamente a violência. Se há investimento para manter crianças e adolescentes na escola até completar a educação básica aos 17 anos, se há espaços esportivos e atividades culturais, essa violência diminui. Os péssimos números da Bahia têm a ver diretamente com a educação. Enquanto no país 65,5% das crianças chegam ao 3º ano do Fundamental sabendo escrever, na Bahia só 45,3% conseguem. Na leitura, a taxa nacional é de 77,8%, a baiana 62,6%. Em matemática, a taxa nacional é de 42,9% e a da Bahia, 22,2%. Analfabetos no Brasil, 8%, na Bahia do Topa, 13,5%.

Fonte: A Região.marketing

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