“Rezar
a Paixão do Senhor é segui-lo no seu esvaziamento por amor do mundo, dos
homens.
O
Senhor está sozinho em sua luta pela salvação do mundo. Ele dará o sim ao Pai,
um sim total e definitivo em nome de toda a Humanidade.
Após
a Ceia, o Senhor se retira para rezar com seus discípulos, mas eles dormem.
Jesus sente a solidão. É difícil ficar só. Ele volta três vezes ao grupo, mas
eles dormem. Diante do Senhor o universo do pecado, do desconhecimento do amor
divino, do menosprezo do carinho de Deus.
Jesus
sente o peso dos pecados de todos os homens. Sente o peso da natureza humana em
ruptura com o Pai, submetida ao “Príncipe das Trevas”.
É a
hora da opção, da escolha definitiva. Ele sendo o “SIM” do Pai deve ratificar
sua missão.
Até
em sua carne repercute o drama de sua escolha a ponto de suar sangue.
“Minha
alma está triste até a morte”. Jesus é tentado a largar tudo, a renunciar. Ele
diz: “Pai, afasta de mim este cálice”!
Contudo
esse grito de dor, já é demonstração de confiança e também já é uma aceitação.
Pai,
não o que eu quero, mas o que Tu queres!
E
nós, como vivemos os momentos duros de paixão, de solidão? Sejamos humildes
como Jesus foi humilde…
Ele,
o filho de Deus pede e aceita o reconforto do Anjo… Sinal do amor do Pai.
Não
nos espantemos de oscilar daqui, dali e de repetir sempre as mesmas palavras…
Jesus
vai e vem, busca apoio e a ele renuncia.
Diz
sempre as mesmas palavras… O Amor sem palavras…..
Apesar
de sua agonia, Jesus pensa nos outros, em seus Apóstolos: Rezai para não
entrardes em tentação”.
Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para a Sexta-feira Santa
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