A subtenente Léia da Silva
Andrade, 41 anos, é a única policial militar da Bahia com o curso de Negociação
de Crises com Reféns Localizados, referência no país, oferecido pela PM de
Espírito Santo. Rebeliões, assaltos com vítimas sobre a mira de uma arma ou até
a ação de um suicida podem ser resolvidas usando as técnicas para gerenciamento
destes tipos de crises.
Com 18 anos na PM baiana, Léia
sempre fez parte de unidade especial. Atualmente, lotada no Comando de
Policiamento Especializado, quando entrou para o militarismo decidiu ir logo de
cara para o Batalhão de Choque. “Sempre fui fascinada pela farda, pelo jeito e
doutrina dos choqueanos. Foram 15 anos fazendo parte da família”, contou.
A subtenente explicou que foi no
Choque, na época comandada pelo tenente-coronel Coutinho, que surgiu a
oportunidade para fazer o curso. “Com a criação da Seção de Gerenciamento de
Crises, pelo meu perfil, fui escolhida para fazer a capacitação. Passei 35 dias
no Espírito Santo aprendendo como negociar”, explicou.
Léia ressaltou que para ser um
negociador é preciso saber conversar com pessoas de classes, culturas e escolaridades
diferentes. “A negociação é o primeiro estágio do gerenciamento de crise. A
equipe envolvida com o caso tem que observar se o contato está evoluindo
positivamente ou se será necessária a intervenção. É gratificante quando tudo
sai da maneira ideal”, disse a oficial.
Fonte: Correio do Oeste
Fotos: Alberto Maraux
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