Os estudantes que participaram da última edição do
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizada em novembro do ano passado, já
podem conferir, pelo portal, a correção de sua redação. A
correção é feita por dois professores, que conferem ao texto do candidato uma
nota entre 0 e 1.000 pontos, observando cinco critérios, cada um valendo 200
pontos, que, somados, dão a nota total.
Os critérios são: comprovar domínio da modalidade
escrita formal da língua portuguesa; demonstrar compreensão da proposta da
redação, aplicando conceitos de áreas distintas no desenvolvimento do tema;
selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e
argumentos na defesa de um ponto de vista; demonstrar conhecimento dos
mecanismos lingüísticos necessários à argumentação; e sugerir uma intervenção
para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), responsável pela organização do Enem, informou, em
nota, que, “acatando decisão do Supremo Tribunal Federa”, a banca de correção
acabou por não punir com nota 0 candidatos que compuseram, em seus textos,
enunciados favoráveis a violações de direitos humanos, sanção que estava
prevista no edital da prova.
De acordo com uma cartilha divulgada pelo INEP, também seriam passíveis
de anulação as redações que contivessem “impropérios e desenhos ou aquelas que
fugissem ao assunto ou (sete) linhas. Foi exigido que o candidato escrevesse,
no mínimo, oito linhas, limite que, quando desrespeitado, também justificaria a
nota zero.
No Enem 2017, os candidatos foram desafiados a
escrever sobre os obstáculos que os surdos enfrentam em seu processo
educacional. Cerca de 6,7 milhões de candidatos tiveram a inscrição confirmada,
dos quais 30,2% faltaram no primeiro dia. No segundo dia de prova, o índice de
abstenção subiu para 32%.
Também foi divulgada nesta segunda-feira a nota dos
estudantes que fizeram o teste na condição de treineiros, ou seja,
participantes que, no ano passado, ainda não tinham concluído o ensino médio e
eram menores de 18 anos. No caso dos treineiros, que representaram 8,9% do
total de participantes na última edição do Enem, os resultados atingidos não
podem ser usados para acesso às instituições de ensino superior.
Fonte: Ministério da Educação
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