A ideia de alterar o
projeto de lei (PL9463/18) que privatiza a Eletrobras, focando as
especificidades regionais e criando uma agência autônoma para gerir os recursos
da energia no Rio São Francisco, foi apresentada pelo deputado federal José
Carlos Aleluia (DEM-BA) ao presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr.
Relator do PL, o parlamentar também se
reuniu com o diretor-geral do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel),
Márcio Szechtman, quando discutiu a necessidade de mudanças na proposta para
estimular os estudos sobre o setor.
Alto grau de endividamento e baixa
capacidade de realizar investimentos nos setores de geração e transmissão foram
problemas apontados pelo presidente Ferreira Jr., embora, nos últimos dois
anos, a estatal tenha melhorado seus indicadores. De acordo com Aleluia, houve
afinidade entre os dois sobre o diagnóstico e a perspectiva de aprimorar o
setor elétrico brasileiro.
“Wilson apresentou uma proposta de abertura
de capital constante como uma forma de aumentar a eficiência da empresa e do
setor elétrico como um todo, a qual eu pretendo estudar e agregar ao texto
final", disse o deputado. Segundo ele, o presidente da Eletrobras também
lhe apresentou um balanço sobre o processo de venda de seis distribuidoras do
grupo e diversas participações em Sociedades de Propósitos Específicos (SPE).
O diretor do Cepel, Márcio Szechtman,
manifestou ao parlamentar preocupação com a continuidade das atividades do
centro de pesquisa. Aleluia admitiu que o texto original não é satisfatório
quando trata do setor de pesquisa e antecipou que vai apresentar uma alteração
significativa no tema.
"Não podemos ignorar de forma alguma a
importância de termos no Brasil um centro de pesquisa de excelência que
contribua para o desenvolvimento tecnológico do setor elétrico. Eu dei total
liberdade para que a própria Cepel me apresente uma modelo proposto para que
possamos analisar e discutir no projeto", garantiu Aleluia.
O deputado vai continuar nas próximas
semanas se reunindo com membros do governo, da base e da oposição, bem como
organizações especializadas no setor elétrico. A expectativa é que o relatório
seja votado em abril deste ano.
Ascom Democratas
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