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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Temer pretende agora 'fatiar' reforma ministerial


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O presidente Michel Temer indicou a aliados nesta quarta-feira, 15, que pretende fazer uma reforma ministerial por fases ao invés de trocar, de uma só vez, todos os ministros que desejam disputar as eleições de 2018. Temer já havia começado a sondar ministros em reuniões sobre o tema, mas partidos da base governista reagiram, preocupados com a disposição do presidente de mudar os titulares da Esplanada dos Ministérios de forma antecipada, já em dezembro. A ideia é que as trocas comecem no próximo mês, mas um segundo bloco de ministros pode deixar o governo em março, seguindo o calendário eleitoral.
"Não passa pela cabeça dele (Temer) mexer em 17 ministérios. Ele sabe que tem que resolver, mas não é trocando 17 ministros num momento como esse. Vai fazer em duas etapas, acho que uma primeira fase e depois em março, que é o prazo fatal de quem é candidato, e todo mundo está preparado para isso. Tem ministro que nem sabe se vai ser mesmo candidato ou não", disse o vice-líder do governo, deputado Beto Mansur (PRB-SP), que conversou com Temer no avião presidencial durante a viagem para Itu (SP).
Mansur afirmou que Temer está numa rodada de conversas com os ministros, presidentes dos partidos e lideranças e admitiu a necessidade de mexer na "desproporcionalidade" do PSDB - o partido comanda três pastas após a saída de Bruno Araújo das Cidades.
Reservadamente, auxiliares de Temer e ministros ponderam que ainda planejavam faturar politicamente com ações do governo no início do ano que vem. Os ministros que pretendem se candidatar a cargos eletivos (de governador, senador ou deputado) são obrigados por lei a se desincompatibilizar seis meses antes do primeiro turno e trabalhavam com esse prazo. Também desconforta aos alvo de investigação no Supremo - e não detentores de mandato - antecipar a perda do foro privilegiado.
O Palácio do Planalto quer promover as substituições apenas depois de tentar aprovar na Câmara dos Deputados a reforma da Previdência. A intenção do governo é usar a troca como contrapartida para garantir votos de apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que altera as regras de aposentadorias.
 Poder & Política

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