O presidente Michel Temer admitiu nesta segunda-feira (6) que a reforma
previdenciária pode não ser votada, mas afirmou que isso não inviabilizará o
governo federal.
Na abertura de reunião com líderes da Câmara, ele disse que
continuará a defender a aprovação da iniciativa, mesmo que a população, a
imprensa e o Congresso Nacional sejam contrários.
"Não é uma derrota eventual ou a não votação que
inviabiliza o governo, porque o governo já se fez, já foi feito e continuará a
ser feito."
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do PMDB
na Câmara, Baleia Rossi (SP), também afirmaram que os deputados estão contra a
iniciativa e que o governo não tem os votos necessários para a aprovação da
reforma na Casa. Segundo Temer, o importante é que seja feito algum avanço na
área, ainda que o texto aprovado não seja o conjunto de medidas proposto
inicialmente pela equipe econômica.
"Vou trabalhar muito por ela. Embora a gente não consiga
fazer todo o conjunto que a reforma propõe, quem sabe consigamos fazer um
avanço."
"Se em um dado momento a sociedade não quiser a reforma
previdenciária, a mídia não quiser a reforma previdenciária e o Poder
Legislativo ecoe a voz da sociedade e também não queira aprová-la, paciência,
porque continuarei a trabalhar por ela."
No discurso, o presidente disse ainda que, caso o
ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot não tivesse o denunciado duas
vezes, as mudanças já teriam sido aprovadas pela Câmara.
Bastidores do Poder
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