O
prefeito ACM Neto (DEM) minimizou declarações do governador Rui Costa (PT), que
se colocou oficialmente como candidato à reeleição em entrevista à rádio
Metrópole anteontem. O gestor soteropolitano avaliou que a antecipação do
adversário talvez seja movida por uma “preocupação com a eleição”. “É
mais do que natural que o governador se coloque nesse sentido, que ele é
candidato. Seria surpreendente se ele dissesse que não iria disputar sua
própria possibilidade de reeleição, mas cada um tem o seu tempo. O meu tempo é
outro. O meu tempo de tomada de decisão será em 2018. Eu agora não estou
preocupado com eleição”, disse Neto, durante a inauguração da Escola
Municipal Fonte do Capim.
Na entrevista, Rui disse que não tem “medo”
de anunciar que é candidato: "Não conheço nenhum outro candidato a
governador. Só o PSOL. Eu não tenho dúvida, medo e insegurança de anunciar que
sou candidato. Eu vou mostrar o trabalho que estamos fazendo".
Rui defendeu ainda as ações do governo
estadual na capital baiana. “A história de Salvador nunca teve tanto
investimento como teve nesse período. E quem fez foi o Governo do Estado. Quem
fez a Rótula do Aeroporto? Foi o governo do estado. A Rótula do Abacaxi, Via
Expressa, avenidas Gal Costa, Orlando Gomes, Pinto de Aguiar, Via Barradão em
construção, a 29 de março, os viadutos do Imbuí”, listou.
Já para Neto, o movimento pode significar
uma apreensão do petista com o embate cada vez mais iminente entre os dois.
“Talvez o governador precise antecipar essa decisão porque ele tem alguma
preocupação com o cenário político”, afirmou o prefeito. As últimas pesquisas
eleitorais apontam uma ligeira vantagem do democrata em relação ao atual chefe
do Palácio de Ondina.
Em entrevista à Tribuna em outubro, o
prefeito havia afirmado que só vai tomar a decisão definitiva sobre a
candidatura no início de 2018. "O ano de 2017 está sendo todo ele dedicado
a Prefeitura de Salvador. Em 2018, no início do ano, vou consultar amigos,
familiares, lideranças políticas... Vou conversar com o povo em geral, vou para
a rua perguntar para as pessoas que eu não conheço o que é que elas acham. A
partir daí, vou tomar minha decisão. Depois disso, vou conversar com os meus
aliados, com os partidos que hoje me apóiam em Salvador. A partir dessa
conversa com os partidos, haverá uma decisão definitiva, que pode acontecer
entre fevereiro e abril", afirmou na ocasião.
Por
Henrique Brinco/Tribuna
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