O
presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, disse há pouco que a Casa voltará
a discutir a Reforma da Previdência a partir de novembro. A pauta deve retornar
ao centro do debate após os deputados rejeitarem nesta noite (25) o pedido da
Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar o presidente da
República, Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira
Franco (Secretaria-Geral). Foram 251 votos contrários à autorização para
investigação, 233 votos favoráveis e duas abstenções.
Na avaliação de Maia, para que seja aprovada,
a Reforma da Previdência precisará ser enxugada e focada em aspectos
considerados essenciais para “acabar com a maior transferência de renda do
mundo de pobres para ricos”. Ele destacou a fixação da idade mínima e as regras
para servidores públicos. “É óbvio que um sistema onde 7 milhões [de pessoas]
representam um déficit de R$ 150 bilhões por ano e um número de quase 30
milhões de pessoas representam um valor do déficit igual, tem coisa muito
errada. A gente tem que priorizar a idade mínima, precisa priorizar a reforma
[da aposentadoria] do serviço público e convencer a sociedade e os
parlamentares de que essa não é uma pauta contra o Brasil, contra os
brasileiros”, afirmou.
O retorno do assunto à pauta de discussões no
Congresso também foi mencionado pelo ministro Eliseu Padilha, ao sair de jantar
promovido pelo deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) ontem. Segundo Maia, o processo
de análise da denúncia contra Temer na Câmara intensificou o desgaste do
presidente com deputados de partidos aliados ao governo. No entanto, ele avalia
que Temer saberá reconstruir sua base aliada na Casa.
Bastidores do Poder
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