O Plenário da Câmara dos Deputados recusou autorização para o Supremo
Tribunal Federal (STF) processar, por crime comum, o presidente da República,
Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira
Franco (Secretaria-Geral).
Com 251 votos a 233, o Plenário acompanhou o relatório da
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), de autoria do deputado
Bonifácio de Andrada (PSDB-MG). O pedido de autorização irá ao
arquivo.
Houve 2 abstenções e 25 deputados estiveram ausentes. O presidente
da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, não votou por ocupar a presidência
dos trabalhos no momento da votação, conforme prevê o Regimento Interno.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Temer
e os ministros de organização criminosa e obstrução de Justiça com o intuito de
arrecadar propinas, estimadas em R$ 587 milhões. O Planalto nega todas as
acusações.
Com isso, somente após Temer deixar o mandato é que ele
responderá pelas acusações perante a primeira instância. Já os ministros também
responderão pelas acusações quando deixarem seus cargos.
O caso envolve ainda outras pessoas que não têm foro
privilegiado, como os ex-deputados Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima,
Henrique Eduardo Alves e Rodrigo da Rocha Loures; o
empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, ambos da
J&F. As informações são da Agência Câmara.
No dia 2 de agosto último, Michel Temer já havia conseguido
barrar uma primeira denúncia, também de autoria da PGR, por corrupção passiva.
À época, votaram 492 dos 513 deputados: 263 a favor do relatório do
deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomendava a rejeição da denúncia, 227
contra e duas abstenções. Houve também 19 ausências.
Poder & Política
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