O
clima de tensão e perplexidade se instalou na Suprema Corte do país. Isso
porque veio à tona de que que delatores da JBS tentaram manipular o Judiciário.
A presidente da Corte, Cármen Lúcia, pediu para ouvir os áudios na íntegra e
avisou que haveria reação enérgica.
"Agride-se,
de maneira inédita na história do país, a dignidade institucional deste Supremo
Tribunal Federal e a honorabilidade de seus integrantes", disse Cármen
Lúcia.
De
acordo com as informações adiantadas pela coluna Painel da Folha de S. Paulo,
outros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmaram que o caso é um
"absurdo". O esperado pelo STF, ainda segundo a coluna, é de uma
reação agressiva por parte do Congresso, aproveitando a CPI que será usada para
investigar a JBS para expor Rodrigo Janot e Marcello Miller.
A
primeira medida será pedir a quebra dos sigilos de Miller. Há quem pregue que a
mesma medida seja adotada em relação ao escritório Trench Rossi e Watanabe, que
contratou o ex-procurador logo após ele deixar a PGR. A banca de advocacia já
está conduzindo investigação interna.
Áudios:
Nos
grampos entregues pela J&F na semana passada, aparece um áudio em que
Joesley Batista e Ricardo Saud, executivo da empresa, falam sobre um diálogo
com o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, que teria sido gravado.
Na
conversa entre os dois delatores, Saud cita ainda pelo menos três ministros do
STF: Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.
O
nome "Marco Aurélio" aparece na conversa, mas não é uma referência ao
ministro do STF Marco Aurélio Mello e sim, a Marco Aurélio de Carvalho,
advogado e sócio do ex-ministro da Justiça em um escritório.
Poder
& Política
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