Sabe-se
que impor barreiras ao acesso à água potável atenta contra o Princípio da
Dignidade da Pessoa Humana. Ciente disso e com a finalidade de preservar a vida
e o bem-estar de todos, o deputado estadual Sandro Régis (DEM) apresentou um
Projeto de Lei, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), que visa tornar
obrigatório o fornecimento gratuito de água filtrada a clientes em bares,
restaurantes, lanchonetes, cafés, hospedarias, hotéis, shoppings centers,
parques de diversões e/ou estabelecimentos similares.
A
água é essencial para a vida da maior parte dos organismos vivos e
recomenda-se, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que se consuma no
mínimo 2 litros de água por dia. De
acordo com o parlamentar, qualquer cliente que permaneça mais de meia hora em
um bar ou hotel certamente haverá de consumir um pouco d’água. "As
vantagens de introduzir tal prática no Estado da Bahia são mais do que
evidentes. Antes de tudo, por acentuar a natureza da água como bem essencial,
cujo fornecimento não pode ser objeto de lucro. Além disso, por poupar o
consumidor de gastos desnecessários, já que a água tratada e filtrada não representa
nenhum risco à saúde em relação à água mineral. E, não fosse o bastante, pelo
benefício que tiraria o meio ambiente do menor consumo de recipientes
plásticos, os mais empregados pela indústria da água mineral, além de estimular
a ingestão de água, tão importante para a saúde da população", ressaltou
Sandro.
Segundo
a proposta, a água deverá ser fornecida em recipiente de vidro, metal ou
cerâmica, que são, ao lado do plástico, os materiais de uso mais comum.
Entretanto, como o plástico é material mais danoso ao equilíbrio ecológico que
os demais, acredita-se que seria de interesse público desencorajar o seu
emprego. Outra opção seria o uso de bebedouros ou purificadores de água.
"Por
trás do comportamento destoante dos costumes brasileiros de oferecer água a
quem tem sede, existe o inegável interesse econômico de lucrar com a venda de
bebidas industrializadas, o que não seria condenável se não fosse a recusa em
fornecer água potável filtrada, gratuitamente, a quem não dispõe de recursos
para comprar essas outras bebidas. É
importante frisar que a medida não implica em custos adicionais aos
estabelecimentos, uma vez que estes já devem dispor de água potável filtrada
para o consumo de seus funcionários e para preparos alimentares, tampouco os
impede de venderem qualquer tipo de produto ou bebida. Apenas busca garantir
que sempre existirá água potável filtrada gratuita disponível para quem assim
desejar ou não dispuser de recursos para adquirir outra bebida de forma a
impactar sua conta de consumo", explicou o deputado.
Fonte:
Ascom do deputado estadual Sandro Régis (DEM)
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